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Suécia e Brasil inovam apoio às suas comunidades

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A imigração aumentou nas últimas décadas em Portugal e na UE, resultado do crescimento económico. Portugal, que teve 3,4 pessoas por casa, tem agora apenas 1,4, devido ao boom da construção nas décadas de 90 e 00. A procura por trabalhadores para o campo, obras, limpezas, restaurantes, trouxe milhares de ucranianos e 100 mil brasileiros, sobretudo para o litoral e as grandes cidades. O desemprego em Espanha desde 2009 trouxe ainda outras culturas, como latino-americanos e marroquinos. A recente emigração de 350 mil qualificados portugueses, pouco abrandou a imigração.

A classe média, bem paga na Europa do Norte, usou os empréstimos a juros baixos para investir em suas segundas casas, principalmente em Cascais, Estoril, e na costa do Algarve ensolarado.
A burocracia na UE, exigiu mais apoio aos estrangeiros, embora os Orçamentos do Estado sejam limitados. O Consulado do Brasil em Lisboa convidou patrícios bem estabelecidos para formar um Conselho da Cidadania, com o objetivo principal de localizar os brasileiros que não estão registados e apoiar nas suas necessidades, aproximando-os das agências e dos consulados.
Em 7 de setembro arrancou em Faro o Conselho da Cidadania, para os brasileiros ao Sul do Tejo, sob a presidência do Embaixador Manuel Innocencio. A sua principal ação este fim-de-ano é distribuir um boletim eletrónico e organizar um almoço-cultural, a fim de encontrar uns 50 outros cidadãos que possam apoiar o trabalho do próximo ano. Irá ainda organizar a educação, e a integração contínua com as comunidades locais. Estima-se que quatro mil brasileiros vivam naquela região.
A secretária-executiva da SVIV, Suecos no Mundo, Karin E-Palmquist, esteve em Portugal, para aqui iniciar uma função parecida à do Conselho da Cidadania. Estima-se que 1500 suecos vivam em Portugal, mas a quantidade sobe com rapidez, pois muitos fizeram uma poupança-reforma para desfrutá-la aos 60 anos.
A SVIV tem uns 80 representantes na maioria dos países com suecos residentes. Organiza um Parlamento anual, onde os expatriados vão a Estocolmo apresentar as suas propostas para um melhor contacto com as suas raízes e ainda trocar experiências sobre seguros, mudanças, adaptação, atividades para manter a sua cultura, etc. E dizer ao governo dos ajustes necessários para melhorar a vida de todos, tanto residentes quanto trabalhadores de empresas suecas que lá ficam um ano.
Esses são dois bons exemplos de descentralização, e integração das ONGs no trabalho dos governos que desejem tornar a vida mais fácil para todos. Não custa quase nada para o contribuinte. Em toda a UE a maioria dos cidadãos desconfia de políticos e instituições públicas. Esta é uma inovação administrativa importante para a existência da democracia; além de aliviar o Orçamento do Estado e simplificar o contato entre o cidadão e os diretores diretamente ligados aos ministros.
Colunista: 
Jack Soifer

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