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Entrega da declaração modelo 3 – prazo termina a 31 de maio

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IRS
A entrega do IRS em 2017, relativa aos rendimentos de 2016, vai ser feita de formaautomática, no caso dos trabalhadores dependentes e pensionistas. Nos restantes casos, mantêm-se a obrigação de preencher e entregar o IRS anual.
A AT disponibiliza no Portal das Finanças uma declaração de rendimentos provisória, para cada regime de tributação (em separado ou em conjunto), com uma liquidação provisória do imposto, incluindo os elementos que estiveram no cálculo das deduções de IRS. 
O contribuinte pode verificar os dados e confirmar a declaração ou então entregar uma declaração nos moldes tradicionais. A partir da confirmação por parte do contribuinte, a declaração de rendimentos é considerada entregue e, liquidação gerada torna-se definitiva. 
O contribuinte pode também reclamar de incorreções detetadas, assim como entregar uma declaração de substituição nos 30 dias seguintes à liquidação, sem sofrer uma penalidade.
Esta entrega automática não é obrigatória, podendo o contribuinte optar por preencher o IRS normalmente como nos anos anteriores.
Ela deverá ser estendida aos restantes contribuintes, com outras categorias de rendimento, de forma progressiva, em anos seguintes.

Ser empresa familiar influencia a vinculação dos empregados

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REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
Estará a vinculação dos empregados de alguma forma relacionada com a caraterística familiar duma organização?

O estudo da Atrevia (Os valores e a comunicação na empresa familiar) obteve resultados que não oferecem dúvidas: 95% dos inquiridos respondeu que afeta positivamente aquando da sua vinculação laboral.
Numa empresa familiar é natural identificar-se de forma direta quem são os seus líderes e as suas principais caraterísticas – na maioria das vezes refletidas nos valores da empresa –, o que cria um ambiente de proximidade e, no seu limite, permite identificar o rosto de uma pessoa que, tradicionalmente, se mantém na empresa por muito mais tempo que nas congéneres não familiares.
Esta caraterística torna as organizações mais humanas, acessíveis e personalizadas, criando uma sensação de maior justiça e segurança nos empregados: sei quem é a pessoa que tem a última decisão pelo que, se necessitar, é alguém a quem poderei ter acesso direto.

A BIAL foi fundada por Álvaro Portela, em 1924, assumindo por missão desenvolver, encontrar e fornecer novas soluções terapêuticas na área da saúde. António Emílio assumiu a liderança da empresa em 1962. Com o seu falecimento inesperado, o filho Luís tem de assumir a liderança na empresa em 1979. A família Portela foi sempre um acionista de referência, assumindo o controlo total da empresa na sua 3ª geração, por mãos de Luís Portela.
Foi um período crítico pela confluência de várias circunstâncias: Luís era um médico que desejava desenvolver a sua carreira na área da investigação e fora do país; não percebia de gestão; não existiam outros familiares que quisessem assumir a empresa; estava-se no período pós-revolução; …
Assumiu o enorme desafio com a humildade de quem percebia muito pouco do negócio, mas que estava disponível para o agarrar, desde que tivesse o apoio dos colaboradores.
Não foram tempos nada fáceis, mas o resultado está à vista: adquiriu a totalidade do capital aos outros acionistas que não acreditavam no seu sucesso; investe por ano cerca de €50 milhões; é das empresas portuguesas que regista mais patentes; já desenvolveu vários medicamentos que estão em comercialização (um ligado à doença de Parkinson e outro à de epilepsia); em 2011 passou a liderança executiva à 4ª geração, assumindo o seu filho António o cargo de CEO e Miguel é dos Administradores Executivos.
Dos quase 1.000 colaboradores, 77% possui formação superior e cerca de 6% doutoramento, onde se incluem dezenas de estrangeiros. A 12 de abril, numa mesa redonda dedicada aos rumos e desígnios das empresas familiares, Miguel Portela, questionado sobre se ser empresa familiar era um ponto positivo ou negativo numa indústria tão competitiva, salientou que muitos dos doutorados preferiam trabalhar na BIAL, em detrimento de grandes laboratórios, exatamente por ser uma empresa familiar, onde o rosto dos acionistas é conhecido e onde estes possuem um conselho de administração onde a maioria dos membros não são familiares.

 
Temas para reflexão:
 
  • Sermos uma empresa familiar tem algum significado para os nossos empregados?
  • O que pensam os empregados dos familiares que trabalham na empresa?
  • Esta associação familiar pode ser mais potenciada juntos dos colaboradores?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   http://www.efconsulting.pt
 

Taxas das derramas de 2016 a cobrar em 2017

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IRC
De acordo com os dados das Finanças, apenas 29 municípios resolveram introduzir algum alívio na derrama de IRC, uma taxa de 1,5% que é cobrada sobre os lucros das empresas sediadas nos municípios, sendo permitidos valores diferenciados para as PME.
 De acordo com oOfício Circulado nº 20195/2017, de 19.4, destacam-se os municípios como Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Miranda do Corvo, Fafe e Lagos, que aplicaram apenas a taxa de 1%.
As taxas de derrama aplicáveis a Lisboa e Porto não registam qualquer alteração em relação ao ano transato.
 

Salão Auto do Porto em junho na Exponor

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A Exponor e a ARAN vão organizar, em simultâneo, entre os dias 8 e 11 de junho, o 3º Salão Automóvel do Porto e a 1ª edição do AUTO Business - Salão de Veículos Comerciais e Soluções de Financiamento para Empresas.
“Com a realização em simultâneo do Salão Auto do Porto e do AUTO Business, a Exponor acredita que irá conseguir ter um espaço de exposição dedicado às famílias portuguesas e ao público profissional”, refere o comunicado.

FMI revê em alta crescimento mundial

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As notícias são otimistas. Pela primeira vez em mais de três anos, o Fundo Monetário Internacional reviu em alta a sua previsão de crescimento mundial. Deverá atingir os 3,5%, este ano, passando para 3,6%, no próximo exercício. No entanto, permanecem muitas incertezas.

A atividade tende a intensificar-se sobretudo nos países ricos. Já nos países emergentes, tudo aponta para um crescimento bastante divergente. O crescimento tem acelerado nos Estados Unidos, onde as empresas estão mais confiantes quanto à procura futura. Este ano, o PIB norte-americano deverá alcançar os 2,3%, passando depois para 2,5%, graças ao plano de relançamento orçamental e às despesas de infraestruturas. Mesmo na Zona Euro, as coisas parecem estar melhores. A atividade está a passar por um bom momento em países como a Alemanha e a Espanha. Isto devido essencialmente ao reforço da procura interna. A tendência é para a região manter um crescimento sustentado, devido a uma política orçamental ligeiramente expansionista, a taxas de juro mais elevadas e a um euro mais fraco. O PIB deverá crescer dois pontos percentuais, este ano.
Os países emergentes apresentam um cenário de contrastes. Na China, o crescimento (6,6%) está mais sustentado do que o previsto. A Índia vai manter a taxa de crescimento, enquanto a Rússia está em condições de sair da recessão, sobretudo devido à recuperação dos preços do petróleo. Também a recuperação nos preços das matérias-primas vai dar algum alívio aos países exportadores. O Brasil sairá da recessão, mas o percurso será de grandes dificuldades e a um ritmo muito lento. Angola tem boas perspetivas, enquanto a Arábia Saudita defronta-se com problemas, tendo em conta as reduções na produção de petróleo.
Os maiores riscos que se colocam têm a ver sobretudo com as eventuais políticas protecionistas por parte de alguns países, com especial destaque para os Estados Unidos. Há sérios riscos de travarem o potencial de crescimento do comércio mundial. Por outro lado, o protecionismo também representa um forte bloqueio à inovação e à distribuição da riqueza, alerta o FMI.

Ser empresa familiar influencia a posição concorrencial

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Reflexões sobre Empresas Familiares
A posição concorrencial de uma empresa é um indicador da sua capacidade competitiva, no negócio ou no setor onde se encontra inserida, em comparação com os seus congéneres
Este posicionamento individual é dinâmico, estando muito dependente da atuação da empresa, dos seus concorrentes e de ações que determinados agrupamentos de interesse possam assumir de forma conjunta.
Este último comportamento – união de concorrentes –, não sendo teoricamente dos mais apetecíveis e naturais, pode assumir um elemento diferenciador e vantagem comparativa para com os não associados ou, no limite, para com outros concorrentes que satisfazem a mesma necessidade dos nossos clientes.
Felizmente, em Portugal, temos assistido a um significativo incremento destas associações, em especial para investir em ações que, de forma individualizada e atendendo ao esforço de financeiro exigido, dificilmente seriam concretizáveis: promoção externa do turismo ou de produtos alimentares; identificação e entrada em novos mercados, etc.
Se analisarmos estes movimentos, verificaremos que incluem uma significativa e ativa participação de empresas familiares.

O negócio dos vinhos, podendo surgir associado a grandes cooperativas ou multinacionais sem rosto, aparece essencialmente ligado a famílias detentoras de vinhas que, em muitos dos casos, possuem uma história que se perde nos tempos. 
Estas famílias produtoras possuem excelentes vinhos que, para alcançarem o nível de exposição pretendido e merecido, implicam ações de comunicação e promoção que, pelos investimentos que implicam, não podem passar pela publicidade tradicional intensiva. Uma das vias opcionais passa pela associação dos esforços conjuntos com outras famílias produtoras, encarando-se esta união como um meio de aumentarem as sinergias e as posições concorrenciais perante outros competidores não alinhados.
A Confraria dos Vinhos do Douro, surgida em 1990, é um exemplo de agregação de vontades de um punhado de viticultores que pretendiam promover o Douro e os seus vinhos.
De entre os Confrades Produtores, os três primeiros (por ordem alfabética) são empresas familiares que, curiosamente, aparecem representadas por membros femininos:
Ana Paula Filipe de Castro, da Quinta das Chaquedas– produzem vinhos de marca própria e exploram uma unidade de agroturismo com piscina e a adega onde produzem os seus vinhos e azeites.
Catarina Maria Pizarro de Castro, da Quinta de Lubazim– produzem vinhos premiados da Lubazim e Lupucinus, na propriedade detida pelo seus ascendentes desde o século XIII (na família há 23 gerações).
Cláudia Beatriz Morais Quevedo, das Quinta Vale D’Agodinho, Senhora do Rosário e outras – centradas em S. João Da Pesqueira e com o irmão João produzem vinhos do porto, de mesa e azeite que exportam para mais de 25 países.
 
Temas para reflexão:
• Que vantagens podemos potenciar enquanto empresa familiar?
• As outras famílias empresárias no mesmo negócio são concorrentes ou coopetidoras?
• O que podemos fazer em conjunto para aumentar a nossa posição concorrencial?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   http://www.efconsulting.pt
 

Colunista: 
António Nogueira da Costa

Tranquilidade é a marca seguradora portuguesa com a melhor relação qualidade-preço

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Best Buy Awards 2017/2018
A Tranquilidade acaba de renovar a sua distinção internacional nos “Best Buy Awards 2017/2018”, atribuídos pela ICERTIAS (International Certification Association GmbH) enquanto “Marca de Seguros Nº1 para a Melhor Relação Qualidade-Preço em Portugal”.


A Tranquilidade junta este prémio, que já tinha ganho na edição anterior,  à ‘Escolha dos Profissionais’ (ConsumerChoice), ‘Marca de Excelência’ (Superbrands)  e ‘Melhor Grande Seguradora Não Vida’ (Exame). Estas distinções, atribuídas por consumidores e entidades independentes, reconhecem a qualidade e competitividade dos produtos e serviços da  marca Tranquilidade e confirmam a estratégia de foco no serviço ao cliente.
O estudo de mercado Best Buy Award (www.bestbuyaward.org) avalia as experiências, opiniões e perceções dos consumidores em relação às empresas que oferecem a melhor oferta ao melhor preço, em vários setores. Sedeada em Zurique, na Suíça, a ICERTIAS é uma reconhecida organização internacional de pesquisa e certificação de mercado que descobre, certifica e premeia as melhores marcas em 40 países, orientando os consumidores para a “Melhor Compra”. 

Sobre a Tranquilidade
Fundada em 1871, a Tranquilidade é uma das marcas seguradoras mais sólidas de Portugal, com uma oferta completa e especializada para clientes particulares e empresas e uma rede de distribuição com mais de 1800 pontos de venda – 80 Corretores, 1400 Agentes multimarca e 400 Agentes exclusivos. Inspirando-se no seu passado, a Tranquilidade, uma marca da Seguradoras Unidas SA, aposta na inovação, na proximidade, na simplicidade e na qualidade de serviço a Clientes e Parceiros de mediação, para dar resposta aos desafios de um mercado em constante mudança. Quer afirmar-se como a melhor escolha para os Corretores e Agentes profissionais e garantir o essencial aos seus Clientes, uma “Tranquilidade. Sempre presente”.
 
 
Informações adicionais para a Comunicação Social
Vera Pinto
Mediática
Tel. 930 475 455

 

“A legislação dos tempos de condução está desajustada ao setor do betão pronto”

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João Duarte, diretor executivo da APEB, afirma
“A legislação dos tempos de condução está claramente desajustada ao setor do betão pronto”, afirma João Duarte, diretor executivo da APEB - Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto. Este será um dos temas em foco na segunda edição do Dia do Betão, marcada para o dia 1 de junho em Lisboa.
António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, dará nesse encontro o seu ponto de vista sobre o estado atual do setor do betão, num momento em que se assiste ao aumento da atividade de construção.
Vida Económica - Em 2016, a APEB lançou o Dia do Betão com o objetivo de estimular o networking e apresentar inovações e tecnologias. Qual o seu balanço?
João Duarte -
No primeiro Dia do Betão em Portugal conseguimos reunir os principais atores do mercado do betão, nomeadamente produtores e construtores, e foi um sucesso. Tínhamos dimensionado o evento para 80 pessoas e conseguimos 150. Tivemos apresentações muito interessantes.
 
VE - Notou um efeito pós-evento?
JD -
O feedback foi muito positivo. Os participantes disseram que foi uma boa iniciativa que merecia continuação. No dia 21 de abril lançámos o convite para o segundo Dia do Betão e publicámos o programa no nosso site. Neste momento, já temos três reservas de espaços de exposição e mais de 30 inscrições. Por isso, acredito que vamos conseguir repetir o sucesso.

VE - Falou em espaços de exposição. Pode explicar o conceito?
JD -
Vamos ter uma área junto à sala das apresentações onde as empresas podem mostrar o que fazem e as últimas novidades que têm para oferecer ao mercado. Aqui podem contactar parceiros e potenciais clientes.

Aumento do investimento privado

VE - A abertura das apresentações vai ser feita pelo presidente da CIP…  
JD -
Sim, convidámos o Senhor António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, para nos dar o seu ponto de vista sobre o estado atual do nosso setor. Apesar de pequeno, o setor do betão pronto é muito importante para o desenvolvimento do nosso ambiente diário, das nossas infraestruturas e dos nossos lares.

VE - Acha que António Saraiva vai trazer boas notícias quanto ao clima do país?
JD -
Eu espero que sim. O presidente da CIP é uma pessoa muito ativa e com muitos conhecimentos. E o clima do país parece, de facto, mais animado. Os zunzuns que me chegam dos associados da APEB são promissores. Uma empresa, por exemplo, está à procura de mais veículos para entrega de betão porque os que tem disponíveis de momento já não chegam para satisfazer as encomendas. Estão até com dificuldades em encontrar camiões-betoneira no mercado. Outras empresas devem sentir o mesmo. Isto reflete um aumento do investimento privado.

VE - Quanto à reabilitação ou também em relação à construção nova?
JD -
Nos grandes centros urbanos a reabilitação tem um peso importante. Apesar de cada obra de reabilitação levar pequenas quantidades de betão, o conjunto acaba por ser significativo. Também há muita iniciativa privada de construção nova. E ainda contamos com algum efeito positivo a partir do segundo semestre devido ao aumento do investimento público anunciado no Orçamento de Estado para 2017.
 
“Tempos de condução” em destaque no Dia do Betão

VE - Quais os temas em destaque no Dia do Betão?
JD -
O tema de maior destaque para as empresas da APEB aborda os tempos de condução. Infelizmente, não temos nenhum órgão do Estado representado no nosso evento, mas a legislação dos tempos de condução está claramente desajustada ao setor do betão pronto.

VE - Há outros temas em destaque?
JD -
Temos a questão da sustentabilidade. O betão é um material que permite encontrar soluções sustentáveis para a construção das infraestruturas e dos edifícios a preços controlados.

Reciclagem de betão

VE - Se um edifício de betão for demolido, esse betão pode ser reutilizado?
JD -
Essa é uma questão muito importante, porque depende muito da solução construtiva. Quando optamos por construir um edifício com uma estrutura reticulada – uma estrutura pilar-viga-laje –, é difícil. É difícil porque vamos encontrar muitos elementos contaminantes: os tijolos, os estuques, as cerâmicas, as madeiras, os vidros... Tudo isso vai reduzir a qualidade do produto obtido por reciclagem de resíduos de demolição. Agora, se optarmos por mudar a tecnologia construtiva e separar o betão do resto dos materiais, conseguimos, no fim de vida da obra, obter material reciclado de qualidade suficiente para fazer novo betão.

VE - Ou seja, construção sustentável é escolher material reciclável. É isso?
JD - Certo. Não é depois de construir que se vai pensar na sustentabilidade de um edifício ou de uma infraestrutura. Isso tem de ser pensado no projeto. E quando nós pensamos nessa sustentabilidade, temos de pensar em toda a vida útil, não só dessa obra, mas também das obras futuras. Os recursos naturais são limitados e nós temos que maximizar o aproveitamento dos resíduos de demolição.
 
Motor ligado equivale a falso “tempo de condução”

Existe um regulamento europeu que estabelece as regras do transporte de mercadorias. Limita os tempos de condução, as pausas e os tempos de repouso.
“O betão é um produto tão específico que faz com que a legislação não seja adequada”, explica João Duarte. “O regulamento pretende evitar o cansaço do condutor e aumentar assim a segurança nas estradas. No transporte de mercadorias a longa distância, em que os motoristas têm que estar ao volante muitas horas seguidas, faz todo o sentido. No caso do transporte de betão, não. Estamos a falar de um transporte local. Em média são 20 quilómetros entre a central e a obra. O que acontece é que o camião está a maior parte do tempo parado com o motor ligado para manter o betão em movimento e evitar que endureça. Geralmente este tempo é considerado, pelas autoridades, como tempo de condução”, acrescenta o responsável da APEB.

 


FMI e BBVA estimam crescimento de 1,7% do PIB

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Governo acredita em mais uma décima
Os dados do Fundo Monetário Internacional e do estudo de research do BBVA são desta semana e são coincidentes na expetativa de que a economia portuguesa cresça 1,7% este ano, o que contrasta com os 1,4% registados em 2016. Já o Governo acredita em mais uma décima de crescimento e tem uma estimativa de 1,8% de crescimento para este ano.
O Observatório Económico Portugal inserido no mais recente research do BBVA alerta para a “moderação” do crescimento do PIB no 1º trimestre deste ano, que se situou em 0,2% t/t (dados corrigidos de variação sazonal e calendário). Justificam este crescimento que é idêntico às taxas da primeira metade de 2016, com os indicadores de consumo, com a ausência de um maior dinamismo no investimento e com o registo de importação de bens que contrariam o bom comportamento das exportações. Os mesmos analistas acreditam que o aumento do PIB ao longo dos restantes trimestres do ano deverá oscilar entre 0,3 e 0,4%, o que significa uma média de crescimento de 1,7% para 2017.
Pela positiva o BBVA regista o facto de o indicador coincidente de consumo privado ter melhorado ligeiramente os registos nos primeiros dois meses do ano em relação ao fim de 2016, assim como o Indicador de Confiança do Consumidor, que continuou a reduzir o saldo negativo. Em relação ao investimento referem os analistas que este indicador surpreendeu no 4º trimestre do ano passado, com uma contribuição positiva para o crescimento do PIB e o Índice de Produção Industrial evoluíu favoravelmente até alcançar um crescimento de 4,1%, em termos anualizados, em dezembro. No entanto, os dados do mesmo Índice observados em janeiro e fevereiro mostram uma desaceleração “para taxas próximas de 2,8% a/a). Em contraste, o Indicador de Confiança Industrial que já tinha gerado um saldo positivo no final do ano passado, acelerou ainda mais no 1º trimestre.
Reportam ainda os analistas que a redução de operações de crédito neste início de ano ainda continuam, mas de forma menos pronunciada relativamente ao último trimestre de 2016.

Previsões de défice discrepantes

O défice é outro tema quente. Dados desta semana do FMI indicam que poderá fechar em 1,9% em 2017, contra 2% em 2016 e que este foi o melhor resultado desde há 40 anos, mas esse objetivo foi conseguido, segundo o research do BBVA, com um aumento de 0,9% nas receitas e uma redução de 3,8% nas despesas. O FMI estima défices em torno dos 2% até 2022 e o Governo diz que já em 2020 terá excedentes, prevendo atingir 1,5% este ano. O FMI diz que o défice será de 2,6% em 2022.
O Fundo antecipa ainda que a dívida pública represente 128,6% do PIB este ano e desça ligeiramente para 127,1% do PIB em 2018. O Governo prevê, de acordo com o Programa de Estabilidade, uma descida para os 127,9% do PIB este ano e para 124,2% no próximo ano. O research do BBVA não faz estimativas mas relembra que este indicador chegou aos 130,4% do PIB em 2016 e a execução orçamental até fevereiro demonstrava uma evolução muito semelhante à observada durante o ano passado.

Webhelp investe e recruta no mercado português

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A Webhelp, empresa francesa de subcontratação de processos empresariais, está a investir em Portugal, considerando que se trata de um mercado com potencial de crescimento. Neste momento, está a decorrer um processo de recrutamento em Lisboa e no Porto.
“A ambição da Webhelp, em Portugal, é tornar-se uma referência no mercado”, referiu à “Vida Económica” Benoist Voidie, diretor para o Porto.
Tendo em conta os objetivos definidos, a empresa está articulada em torno de três eixos, designadamente as plataformas francófona, multilingue e portuguesa (mercado doméstico). Neste momento, são 800 colaboradores, mas, num prazo de quatro anos, a intenção é chegar, no mínimo, aos três mil. A forma de operar é simples e eficaz: “Os clientes chegam a Portugal, já que existe uma proximidade tal com a França que o consumidor deste país não faz qualquer distinção entre o tratamento dado por um colaborador francês ou português. Os serviços disponibilizados são equivalentes e de qualidade. Aliás, é o que explica, de uma maneira geral, o sucesso do outsourcing em Portugal, com a implementação de vários grupos. A Webhelp acredita que Portugal é um mercado de excelência e prevemos a duplicação dos nossos efetivos muito rapidamente”, adiantou o responsável pelo escritório na cidade do Porto.
Uma das vantagens competitivas da empresa francesa é que está disponível para qualquer tipo de empresa, não se limitando aos grandes grupos. Está preparada para lidar com qualquer tipo de atividade – retalho, logística ou turismo – e dimensão. Um outro aspeto visto com muito otimismo tem a ver com as línguas. “A língua francesa, desde logo. Lembro que 70% dos nossos clientes são franceses. E a parte multicultural do país. É possível tratar as operações em línguas variadas, desde o polaco até ao catalão, passando pelo grego. Ora, tal é possível encontrar em Portugal. O segundo aspeto é o nível de habilitações dos colaboradores. Temos a oportunidade de recrutar pessoas muito qualificadas que farão, sem qualquer dúvida, uma grande carreira na Webhelp Portugal.”
No que se refere ao recrutamento, aquele profissional admite que não existe um perfil ideal de candidato, a partir do momento em que há um domínio da língua. Por exemplo, se se fala francês e não se tem um diploma, nem por isso se deixa de ter lugar na empresa. “Cabe à empresa a formação do candidato e tornar este cada vez melhor a cada dia que passa, a partir de um percurso de formação estruturante. Naturalmente, não está de parte a possibilidade de alguém ir para outro país, já que a empresa também representa uma proposta de mobilidade. Eu sou um exemplo acabado disso mesmo”, concluiu.

Medida Contrato-Emprego abre segunda fase de candidaturas

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Empresas têm 20 milhões para apoio à contratação de desempregados
Arrancou a 1 de maio o segundo período de candidaturas à medida Contrato-Emprego, um apoio financeiro às empresas que contratem trabalhadores desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O segundo período de candidaturas tem uma dotação orçamental de 20 milhões de euros e decorre até às 18 horas do dia 31 de maio de 2017.
As candidaturas ao Contrato-Emprego podem ser feitas no portal  NetEmprego em www.netemprego.gov.pt, através de sinalização de oferta de emprego registada nesse portal.
As empresas poderão apresentar candidaturas para as ofertas de emprego registadas no IEFP no período entre 4 de março e 24 de maio de 2017.
No segundo período de candidatura será também possível formalizar o pedido de Prémio de Conversão de Contrato. Esta majoração destina-se às entidades empregadoras que decidam converter um contrato de trabalho a termo certo num contrato de trabalho sem termo.
No caso de contratos sem termo, a empresa tem direito a um apoio de 3791,88 euros, o equivalente a nove Indexantes dos Apoios Sociais (IAS). Mas se o contrato for a prazo, a empresa recebe 1263,96 euros (três IAS). O apoio será reduzido proporcionalmente em caso de contrato a tempo parcial. Existem majorações de 10% para casos específicos e para postos de trabalho localizados em território economicamente desfavorecido.

Reanálise de processos da primeira fase

Questionado pela VE sobre o balanço da primeira fase de candidaturas à medida Contrato-Emprego, o IEFP esclarece: “A análise a todas as candidaturas da primeira fase da Medida Contrato-Emprego está concluída e encontra-se a decorrer a notificação em sede de audiência prévia das intenções de indeferimento, estando, inclusive, a ser já efetuadas reanálises a processos em função dos argumentos apresentados pelas entidades no decurso desta fase. Só quando o prazo de audiência prévia estiver esgotado é que será possível concluir a hierarquização das candidaturas e emitir as restantes notificações. Assim, não é possível, neste momento, quantificar quantas empresas e quantos novos postos de trabalho serão abrangidos por este apoio, uma vez que não está concluído o processo de audiência prévia. O mesmo acontece em relação ao valor da despesa, pelos mesmos motivos”.
Recorde-se que cada um dos três prazos de candidatura (o terceiro ocorrerá em outubro) dispõe de uma dotação orçamental de 20 milhões de euros.

Licenciamento industrial está mais facilitado para as empresas

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Miguel Sá Pinto, administrador do IAPMEi, adianta
O licenciamento industrial em Portugal está mais facilitado para as empresas. Com a extinção das direções regionais de Economia (DRE) em finais de 2015, o IAPMEI agregou as competências do licenciamento industrial. E decidiu uniformizar o sistema de informação, implementar um sistema de gestão e certificar os procedimentos.
Em entrevista à “Vida Económica”, Miguel Sá Pinto, administrador do IAPMEI, revela: “Quisemos sinalizar ao mercado e às empresas que estávamos a fazer um esforço de eficiência operacional enquanto entidade pública para a eliminação de passos que fossem ineficientes”, diz.

Vida Económica – Com a extinção das direções regionais de Economia (DRE), o IAPMEI agregou o licenciamento industrial e certificou esse processo. Como surge essa decisão?
Miguel Sá Pinto –
Sim, com a extinção das cinco DRE no verão de 2015, foram distribuídas as competências que lhes estavam afetas por vários organismos. Nós, IAPMEI, ficámos com o licenciamento industrial. As competências em termos de recursos geológicos, energia e combustível transitaram para a Direção de Energia e Geologia e as na área da Qualidade foram para o IPQ - Instituto Português da Qualidade. Estas equipas da DRE que, no total, tinham 36 trabalhadores, vinham de regiões diferentes e verificámos que tinham práticas diferentes, apesar de estarem a trabalhar sob os mesmos diplomas legais. Portanto, decidimos homogeneizar essas práticas. Trabalhavam com sistemas de informação diferentes e também os colocámos todos sob o mesmo sistema de informação. Por outro lado, achámos que era interessante adotar um sistema de gestão e começámos pelo licenciamento industrial. Esta é uma área que está muito associada às questões burocráticas e processuais e achámos que, com a implementação deste sistema de gestão, podíamos melhorar estes processos. E com a implementação deste sistema de gestão e, depois, com a certificação queríamos sinalizar ao mercado e às empresas que estávamos a fazer um esforço de eficiência operacional enquanto entidade pública para a eliminação de passos que fossem ineficentes. E daí a escolha do licenciamento industrial para certificar.

VE – E o mercado percebeu esse sinal?
MSP –
Sim, percebeu. Quer através da certificação, quer através de outras iniciativas que entretanto desenvolvemos. Hoje temos uma comunidade virtual, criámos uma plataforma onde temos uma partilha de conhecimento e boas práticas para esclarecimento de dúvidas e que envolve vários atores, nomeadamente as câmaras municipais, que também têm competências em matéria de licenciamento industrial. Portanto, estamos a trabalhar com os diversos atores para melhorar cada vez mais os tempos de resposta nesta área. E acho que é hoje percebido que estamos muito melhor.

VE – Como tem evoluído o licenciamento industrial?
MSP –
Em 2016, nós, IAPMEI, enquanto entidade coordenadora do licenciamento – para estabelecimentos tipo 1 e tipo 2, porque os tipo 3 são da competência das câmaras – registámos 220 pedidos de instalação, alteração e regularização. Para as 278 câmaras, apurámos cerca de 800 pedidos. O tempo médio dos processos em 2016 foi de 37 dias enquanto nas DRE, em 2014, era de 82 dias. Portanto, temos aqui um ganho muito significativo. E houve uma evolução positiva. Mas temos de ver que a procura para licenciamento não tem muito a ver com facilidade que existe em termos processuais, tem mais a ver...

VE – Com a dinâmica da atividade económica.
MSP –
Exatamente. Portanto, é de esperar que esta recuperação que já se sente vá levar a uma maior criação de empresas e a mais pedidos de licenciamento.

VE – Portanto, se a conjuntura económica ajudar, as empresas têm a vida mais facilitada, é isso?
MSP –
Sim, muito mais facilitada. Aliás, temos novidades para breve, com o lançamento em Leiria, no final deste mês, do projeto piloto Espaço Empresa, onde os empresários se vão poder dirigir para tratar de todos os assuntos.

VE – Do que é que se trata, exatamente?
MSP –
Será um espaço, no âmbito do SIMPLEX, com um ‘front-office’ de atendimento em articulação com várias entidades, nomeadamente o IAPMEI, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a AICEP. Um empresário que se ali se dirija tem alguém que o atende, mas tem sobretudo um ‘back-office’ capaz de lhe dar um conjunto de respostas, sobre licenciamento industrial, sobre sistemas de incentivos e por aí fora. A filosofia deste conceito é a das lojas do cidadão.

VE – Queria questioná-lo sobre a deteção precoce das dificuldades económico-financeiras das empresas e a certificação de gestores para as acompanharem, de acordo com o previsto no programa Capitalizar. Que papel vai ter aqui o IAPMEI?
MSP –
Os diplomas finais ainda não foram publicados, mas vamos ter responsabilidades acrescidas nestas questões da identificação precoce de problemas financeiros nas empresas.

VE – Por lei, as empresas já são obrigadas a avançar para um PER ou insolvência em caso de situação económica difícil, embora muitas vezes não o façam. Que mudança de mentalidades é que é necessário implementar?
MSP –
Sim, vai ter de haver alguma mudança de mentalidades mas, acima de tudo, tem de haver um clima de confiança para que os empresários e gestores das empresas com dificuldades sintam algum conforto em recorrer a determinado tipo de ferramentas ou de interlocutores. Muitas empresas, quando recorrerem a nós, fazem-no tardiamente e com uma situação muito debilitada, o que depois obriga a um esforço muito maior. Nós temos uma ferramenta de ‘early warning’, de aviso prévio, disponível no nosso site. A ele podem recorrer todas as empresas, de forma simples, gratuita e confidencial. Ali, exige-se apenas o carregamento da informação contabilística dos três últimos exercícios e o sistema gera automaticamente um ‘output’ de 20 indicadores económico-financeiros com alertas. 

VE – E qual é a adesão das empresas a essa ferramenta?
MSP -
Até ao momento cerca de 1100 empresas já utilizaram este mecanismo no espaço de quase um ano. O IAPMEI está a trabalhar no desenvolvimento desta ferramenta, com o objetivo de assegurar a sua disseminação a partir das IES [Informação Empresarial Simplificada] entregues pelas empresas anualmente. Neste novo modelo, a empresa não necessita de carregar qualquer informação. Este projeto está a ser desenvolvido em articulação com o Banco de Portugal e tem como objetivo gerar de forma automática um ‘tableau de board’ que será enviado anualmente a todas as empresas, com uma análise da sua situação económica e financeira. E há ainda o mecanismo do SIREVE, que o IAPMEI continua a trabalhar. Em 2016 concluímos 24 processos com acordo e cinco sem acordo, três foram recusados e em análise temos nove. Isto dá um total de 41. Em 2015 fizemos 37 com acordo e 22 sem acordo.

VE – Não lhe parecem números baixos, tendo em conta o número de insolvências e de PER nos tribunais?
MSP –
Sim, parecem-me números baixos.

VE – O que é que explica isso?
MSP –
Há várias questões. As empresas preferem recorrer diretamente aos tribunais. Sinceramente não lhe sei responder por que temos essa baixa procura no SIREVE. Podemos conjeturar, mas acho que tem a ver com esta cultura empresarial em que as empresas, quando estão em dificuldade, têm alguma relutância em recorrer, quer a agências públicas, quer a outro tipo de atores. E muitas vezes deixam as situações chegar a um certo limite que já não faz sentido virem aqui. É um trabalho que temos de fazer, de maior sensibilização para as empresas chegarem a nós e mais cedo. E olharem para o IAPMEI como um parceiro que pode ajudar.

IAPMEI lança rede Mulher Líder

O IAPMEI vai lançar a rede Mulher Líder. Trata-se de um “projeto ainda embrionário”, mas que “queremos, enquanto agência pública, utilizar para sinalizar a importância das mulheres na gestão” das empresas, revela Miguel Sá Pinto à “Vida Económica”. Já há “50 a 60 mulheres identificadas, empresárias e gestoras”.
“Inicialmente tínhamos pensado fazer isto dentro do IAPMEI e dentro do projeto PME Líder e da PME Excelência”, diz Miguel Sá Pinto. A solução acabou por ser diferente e será criada uma rede autónoma, de mulheres líder, cuja marca o IAPMEI já registou. Em contacto está já “um conjunto de empresárias e gestoras que acarinharam o projeto e aderiram desde a primeira hora”. Já foram feitas “visitas a empresas, ações de formação e sessões temáticas. “Estamos a afinar o conceito e vamos agora colocá-lo no terreno; aliás, hoje à tarde [terça-feira, dia 2] tenho uma reunião para aprovarmos um regulamento e um plano de ação para esta rede, com a discussão de temas que sejam prioritários”, adianta Miguel Sá Pinto.
Há, porém, uma exigência: “esta tem de ser uma rede de elevado desempenho”, pois “não estamos a falar da criação de uma rede de mulheres que estão nas empresas, mas sim de uma rede de mulheres que estão em empresas de elevado desempenho”. É assim que elas, mulheres, e o IAPMEI a querem “balizar”. “Teremos, portanto, um conjunto de critérios à entrada para as mulheres puderem fazer parte desta rede”.

Microempresas representam 84% das insolvências

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Dissolução é a forma mais comum de extinção das empresas
A maioria das empresas envolvidas em processo de insolvência são microempresas que empregam até 10 pessoas – revelam os dados da Iberinform/Crédito y Caución.
O número de insolvências teve um crescimento elevado em 2016 e continua a crescer em 2017. O número de insolvências declaradas crescem 49% no primeiro trimestre de 2017, de acordo com os dados da Iberinform/Crédito y Caución.

Apesar do aumento do número de insolvências declaradas, há uma diminuição das empresas que se apresentam à insolvência (-11%) e das empresas que são alvo de requerimento de insolvência (-8%).
Na extinção das empresas, a forma com mais expressão é a dissolução que em 2016 determinou o fim de 42858 empresas, atingindo o nível mais elevado dos últimos anos.
De acordo com os números da Iberinform/Crédito Y Caución, cerca de 83% das empresas em insolvência são microempresas e empregam até 10 trabalhadores. Do total de processos de insolvência registados no primeiro trimestre de 2017, há 1502 empresas que empregam até 5 pessoas, representando 71% do total. As empresas com entre 5 e 10 trabalhadores são 277, o que significa 13% das insolvências. As PME representam apenas 16% e correspondem às empresas que empregam entre 10 e 250 pessoas. Neste período não há registo de insolvências em empresas acima de 250 pessoas, ao contrário do que aconteceu em 2016.
A análise do volume de negócios das empresas confirma a dimensão reduzida da maioria das empresas em insolvência. Do total de 6700 empresas apurado pela Iberinform, 5101 empresas, ou seja, 76%, têm uma faturação anual inferior a 250 mil euros. E apenas 7 empresas que entraram em insolvência no ano passado apresentavam um volume de vendas superior a 25 milhões de euros.

Enquadramento é desfavorável às microempresas

O peso elevado das microempresas nos processos de insolvência contrasta com a falta de um enquadramento específico para os operadores de reduzida dimensão. Pelo contrário, as microempresas enfrentam uma dificuldade acrescida em lidar com as normas aplicáveis no plano fiscal, laboral e contabilístico.
As microempresas têm um endividamento médio inferior às médias e grandes empresas, mas apresentam maiores fragilidades de gestão e enfrentam mais obstáculos no acesso ao financiamento bancário.

Menos empresas criadas

O número de empresas constituídas teve uma quebra de 2% em 2016, com o nascimento de 37150 novas sociedades. No primeiro trimestre de 2017 a evolução foi mais favorável, com 12062 empresas criadas, que representam um crescimento de 9% face ao período homólogo do ano anterior.
De acordo com os dados da Iberinform, o capital envolvido é geralmente baixo. Mais de 10 mil empresas, ou seja, cerca de 84%, tem um capital social até J5000.
Do total de sociedades constituídas, cerca de metade tem o estatuto de sociedade unipessoal. De facto, não são verdadeiras sociedades e estão mais próximo da figura do empresário em nome individual, o que acentua a dimensão reduzida dos projetos e a natureza individual.
De acordo com uma fonte da Iberinform, um número elevado de novas sociedades extingue-se pouco tempo após a constituição e não consegue sequer ultrapassar os obstáculos do início da atividade.
Tal como acontece em relação às insolvências, o enquadramento legal é desfavorável ao arranque e sobrevivência de novos projetos empresariais.
Mas a elevada taxa de mortalidade das novas empresas verifica-se na maioria dos países da União Europeia.
De acordo com um relatório da Coface, em França são constituídas anualmente mais de 330 mil novas sociedades, mas cerca de 30% desaparecem nos primeiros três anos de atividade.

APPs para telemóveis

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IRS
Encontram-se já disponíveis no Portal das Finanças a nova aplicação para telemóvel a partir da qual é possível aos contribuintes que tenham IRS automático proceder à respetiva entrega.
Para os restantes contribuintes, que não estejam abrangidos pelo regime do IRS automático, a aplicação pode servir para irem consultando o estado da sua declaração depois de a mesma ter sido entregue, percebendo quando chegará o momento do reembolso ou se terão IRS a pagar.
Recorde-se que este ano apenas têm direito a declarações automáticas de IRS os contribuintes que no ano passado tenha auferido apenas rendimentos das categorias A e H, trabalho dependente e pensões, que não tenham dependentes a cargo nem rendimentos provenientes do estrangeiro e, ainda, que não tenham benefícios fiscais.

Tranquilidade e Açoreana reforçam meios para visita do Papa

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Em parceria com a Europ Assistance
A Tranquilidade e a Açoreana vão reforçar os seus meios de assistência automóvel em Fátima, no âmbito de uma operação especial que está a ser montada para receber o Papa Francisco.

Esta ação, realizada no âmbito da parceria com a Europ Assistance, envolve a assistência em caso de acidente ou avaria, com meios e serviços que possam dar uma resposta eficaz aos Clientes durante um evento que se prevê ter uma afluência de mais de um milhão de peregrinos.
Assim, entre os dias 12 e 14 de maio, dois supervisores de assistência estarão em permanência em Fátima para gestão de todas as ocorrências na zona, existirá um reboque, que é simultaneamente um carro oficina, com dois mecânicos 24h/24h e foram estabelecidos acordos com vários prestadores locais. Serão também deslocadas várias viaturas de aluguer para cedência a Clientes e no local estará uma carrinha de oito lugares que ajudará o transporte de Clientes, prevenindo-se, assim, uma eventual escassez de táxis.
Com esta operação, os Clientes da Tranquilidade e da Açoreana beneficiam do aumento da capacidade de reboque, desempanagem, transporte de ocupantes e viaturas de substituição.

Indústria 4.0 é um processo natural para as PME

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Mira Amaral afirma em encontro da NERSANT
“As PME vão entrar nesta Revolução da Indústria 4.0. Não se trata de um ‘Big Bang’, é um processo evolutivo e natural”, afirmou Mira Amaral no debate “Os Desafios e a Aplicação da Indústria 4.0”, encontro promovido pela NERSANT e recentemente realizado na Startup Santarém.

Mira Amaral descomplica o conceito da Quarta Revolução nas PME: “Corresponde à crescente digitalização da economia e das nossas empresas, em toda a cadeia de valor, trata-se de um processo evolutivo”.
A principal diferença da Indústria 4.0 é que envolve as Ciências da Vida: “Estamos na quarta Revolução Industrial, a revolução da convergência entre o mundo físico, as tecnologias digitais, os sistemas biológicos e as ciências da vida. Esta é a minha tese, não se trata só de digitalização, passa para o âmbito das ciências da vida; se virmos bem, é isso que está a acontecer na indústria agroalimentar”.
Num debate animado, pautado por muitas questões dos cerca de 50 empresários presentes, o antigo ministro destacou a importância de apresentar, falar e discutir a Indústria 4.0 “de forma simples, sem grandes chavões nem palavras caras, para não assustar as PME. Já que as PME já estão habituadas a inovar, esta quarta revolução é seguir o processo natural da digitalização”.
“Uma PME tem de estar sempre a inovar, aliás as que sobrevivem é porque inovam, mesmo que não tenham consciência disso. Por isso, as PME naturalmente vão entrar nesta Revolução da Indústria 4.0. Mas não se trata de um ‘Big Bang’, é um processo evolutivo e natural”, afirmou.

A renovação do emprego

Em relação aos constrangimentos e ao impacto social desta Revolução, Mira Amaral destaca as previsões de que “10% a 15% dos atuais empregos no setor industrial irão desaparecer nos próximos 10 anos”, mas descansa o auditório, “serão criados tantos outros”.
O orador destacou ainda a importância de aliar investigação às empresas.
Num ambiente descontraído, Mira Amaral fez ainda uma declaração que arrancou sorrisos ao auditório: “Foi para evoluir sempre que entrei na Economia, depois entrei na política, mas arrependi-me a tempo e voltei à economia. Estava a ficar tecnologicamente obsoleto!”.

Recuperação é desigual com ganhadores e perdedores

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Ana Côrte-Real no 10º aniversário do BNI Lidador
“Na China a palavra crise é uma palavra composta que significa perigo e oportunidade oculta” – afirmou Ana Côrte- -Real. A “associate dean” para a Formação Executiva da Católica Porto Business School foi a oradora convidada do BNI Lidador que acaba de celebrar o 10.º aniversário.

“Nos últimos anos falamos da crise sempre numa lógica negativa” – referiu Ana Côrte-Real.  E recordou que na origem da palavra crise na Grécia, o significado não é desgraça, nem tem associado um atributo de sofrimento, ou de escassez. “Crise significa alteração, momento decisivo e ponto de inflexão. O que a crise nos trouxe foi a certeza de que aquilo que nos permitiu ganhar dinheiro no passado não nos vai permitir dinheiro no futuro”  - disse Ana Côrte-Real aos membros do BNI Lidador.
Em Espanha, a ESADE estuda as empresas que crescem mais de dois dígitos na margem de lucro. De 2008 até agora estão identificadas 14 mil empresas. Para Ana Côrte-Real, estas empresas viram na crise a dita oportunidade oculta. Por exemplo a Uber ou a edreams não criam inovação no produto mas criam um modelo de negócio e uma proposta de valor distinta, por isso crescem neste período de crise.
A Gala de aniversário do BNI Lidador contou com a participação de mais de 100 convidados entre gestores de empresas, associações, universidades, e quadros da administração pública.
 
Ásia é o novo centro de poder e decisão
 
Como principais tendências, Ana Côrte-Real referiu o crescimento globalizado com diferenças significativas e instabilidades. “A recuperação económica já se iniciou mas assistiremos a grandes diferenças no crescimento entre regiões e a sucessivas fases de instabilidade. Estamos perante a transferência do poder de decisão para a Ásia. Em 2020, a China será a primeira economia mundial e a terceira de consumo. Em 2020, a Índia será a quarta economia mundial e a quinta de consumo. Em 2020 o Japão será a quinta economia mundial e a Coreia a 10ª. Em 2020, os países asiáticos suportarão 33 da produção mundial, 50% do comércio internacional, 70% da oferta qualificada e 50% de investigação e desenvolvimento. As empresas asiáticas serão as novas referências das empresas multinacionais. Temos noção que será uma recuperação desigual com ganhadores e perdedores. Os países perdedores são os países da Europa com fortes desigualdades entre regiões. Os últimos dados da OCDE dizem-nos que os países da OCDE perderão 12% do PIB mundial até 2020 e já todos percebemos que ninguém fala do G7” – acrescentou.
 
Transformação tecnológica e digital
 
A segunda tendência destacada por Ana Côrte-Real é a aceleração tecnológica e digital. “Estamos perante novas formas de inovação, de relação, de transação. Todos os mercados são online ou multicanal. Temos um novo intermediário com a internet. Perante este contexto, podemos trabalhar em rede, podemos contratar, reter e gerir talento digital. Apostar em inovação interdisciplinar e identificar o que fazemos, o que fazem os outros e sobretudo o que podemos fazer juntos” - afirmou.
Outa grande tendência está ligada à urbanização e às megacidades. “Temos mais cidades e cidades maiores. Em 2010, 50% da população mundial vivia em grandes cidades. Estima-se que em 2020 seja 80% da população mundial a viver em grandes cidades. Significa que temos oportunidades de construção e de infra-estruturas, oportunidades até associadas aos novos nómadas” - salientou.
 
Extensão da vida laboral
 
Uma quarta tendência tem que ver com as alterações sociodemográficas. Em 1950 a idade média era 29 anos. Estima-se que em 2050 a idade média em toda a OCDE seja 51 anos. “Quantas empresas para a estrutura etária projetada de 2012-2060 para Portugal? Teremos uma extensão de vida laboral. Temos uma escassez de talento novo nas organizações. A par, também vamos ter de gerir uma geração diferente. Quantas empresas estão preparadas para gerir e liderar este milénio?” – questionou Ana Côrte-Real.
Esta geração é multitarefa, olham para os projetos como efémeros, apostam na coletividade e na colaboração, o projeto profissional não é o projeto de vida, é uma geração síncrona. Como vamos reter este talento? Qual a proposta de valor que hoje as empresas têm para captar e reter o talento?
Cada vez mais se vê os mesmos consumidores a quererem comprar low-cost, mas simultaneamente aderirem aquilo que é o novo luxo. Se calhar todos os dias vamos em Ryanair mas depois temos Iphones. O consumo atual é um consumo de extremos. O mais difícil é estar na proposta do meio, que é a qualidade ao melhor preço.

Crescimento e sustentabilidade
 
Ana Côrte-Real destacou também a tendência ligada ao meio ambiente e a sustentabilidade. “Temos uma forte pressão nos recursos naturais. Há uma alteração climática que tem enormes impactos na procura, na venda, nos negócios. Mas também há oportunidades. Devem olhar bem para o vosso modelo de negócio, comunicar bem para dentro e para fora, rentabilizar todas as operações, ganhar escala para crescer e gerir a sustentabilidade e da sucessão”- concluiu.
 

“Brexit” causa desentendimentos nas negociações entre a UE e o Reino Unido

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As negociações entre o Reino Unido e a Comissão Europeia, no âmbito do “Brexit”, adivinham-se duras e muito complicadas. As trocas de argumentos têm endurecido nos últimos tempos, com os Estados-Membros a apoiarem as intenções da Comissão Europeia. Não é nada comum os 27 países formarem um bloco em torno de interesses comuns. Bruxelas aponta três prioridades nas negociações com o Reino Unido e que têm de ser resolvidas antes de qualquer discussão sobre um futuro acordo comercial. Os três pontos são os cidadãos, as contas a saldar e o caso da fronteira entre as duas Irlandas.

A primeira grande prioridade da Comissão prende-se com os direitos dos cidadãos. Existem mais de quatro milhões de europeus que vivem no Reino Unido ou britânicos que vivem na União. Bruxelas defende que devem continuar a viver como atualmente, e tal durante toda a sua vida. Desta feita, é preciso garantir não só o direito de residência como o direito de acesso ao mercado de trabalho, à educação e à saúde. Não menos importante é o reconhecimento dos diplomas e das qualificações.
A segunda grande prioridade tem a ver com a necessidade de saldar as contas entre as duas partes. A Comissão Europeia é intransigente quanto à obrigatoriedade de Londres honrar, no âmbito de um regulamento financeiro único, todos os compromissos que assumiu enquanto membro da União Europeia. Bruxelas lembra os responsáveis britânicos que não se trata de uma punição ou de uma taxa de saída. Mais não é do que o cumprimento dos compromissos assumidos no quadro financeiro plurianual adotado em 2013 e que decorre no período de 2014 a 2020. As contas ainda não estão fechadas, pelo que a Comissão não está ainda em condições de apresentar valores definitivos, mas poderão ascender a cerca de 100 mil milhões de euros. Nada tranquila é ainda a questão irlandesa. A Irlanda do Sul não faz parte do Reino Unido, pelo que não será uma negociação fácil.

Ser Empresa Familiar influencia nas oportunidades de negócio

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REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
Desenvolver uma atividade negocial normalmente implica duas grandes plataformas de negócio:
  • a que se desenvolve com os fornecedores;
  • a do cliente e responsável pela continuidade futura de todos.
O estudo da Atrevia (Os valores e a comunicação na empresa familiar) desejou analisar se a caraterística de uma empresa ser familiar tinha impacto na geração de oportunidades de negócio. Os resultados foram concludentes:
  • 72,5% acham que possui um impacto positivo;
  • Somente 5% consideram que essa influencia pode ser negativa;
  • 22,5% manifestam não saber qual o impacto produzido.
Este último resultado poderá ser encarado como uma oportunidade para os intervenientes comunicarem de forma mais assertiva a sua caraterística de serem empresas familiares e de que tal será vantajoso para todos.
Recorrendo a tempos idos, era caraterístico que, por vezes, as relações entre fornecedores e clientes fossem geradoras de laços matrimoniais entre pessoas das respetivas famílias, o que poderia potenciar ou solidificar ainda mais as relações profissionais.

O Continente é uma das marcas da grande distribuição controlada pela família Azevedo. Existindo uma imagem dos hipermercados como sendo grandes espaços despersonalizados, mas onde se adquirem muitos dos produtos alimentares que consumimos e com os quais possuímos uma redobrada e natural atenção, é natural que exista um redobrado cuidado com estas categorias de alimentos.
Em 1998 decidiu criar o Clube de Produtores do Continente, como forma de assegurar um fornecimento constante de bons produtos de origem alimentar. Ao consultar o site deste clube de fornecedores do Continente, temos a oportunidade de assistir a muitos testemunhos dos seus membros, sendo que uma grande parte é assegurada por líderes de famílias empresárias que possuem estes negócios.

Alberto Fernandes dá a cara pelos enchidos que a Salsicharia Bísaro, de Gimonde, Vinhais, produz há mais de setenta anos.

António Silvestre Ferreiraé o rosto das uvas sem grainha, que introduziu e produz na sua herdade do Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo.
Dar a cara pelos negócios dá confiança no momento de ser fornecedor. Ser fornecedor e dar o rosto junto do cliente final é também uma via de reforçar a confiança em toda a cadeia de abastecimento do produtor ao consumidor final.
 
Temas para reflexão:
  • Os nossos fornecedores são empresas familiares?
  • Os nossos clientes valorizam a caraterística familiar do nosso negócio?
  • Como potenciar o negócio com este nível de incremento da confiança nas empresas familiares?


António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   http://www.efconsulting.pt 
 
 

 

Colunista: 
António Nogueira da Costa

Sobretaxa aplicável ao 3º escalão de rendimentos acaba em junho

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IRS
Os contribuintes de IRS que aufiram rendimentos enquadrados no 3º escalão de rendimentos, ou seja, que aufiram rendimentos entre €20 261 e €40 522 deixarão de efetuar retenção da sobretaxa a 30 de junho.
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