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Agravamento fiscal condicionou os efeitos da liberalização do setor energético

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O fim das tarifas reguladas de eletricidade é uma realidade em Portugal há quase uma década. Desde setembro de 2006 que os consumidores de energia elétrica podem escolher o seu fornecedor de energia. Todavia, a livre concorrência entre operadores não trouxe consigo a esperada descida dos preços da eletricidade.
Presente na terceira conferência do ciclo “Engenharia em movimento”, organizada pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e dedicada ao tema “Desregulação Tarifária: Oportunidades e Desafios”, Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, indicou que “um dos principais custos da fatura energética é de natureza fiscal” e sublinhou que “dois terços da fatura está engessada”.

O presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, admitiu que o principal objetivo da desregulação implementada no setor da energia, que passava pela “diminuição dos preços”, não foi conseguido e lembrou que a primeira justificação para o agravamento da fatura energética nos últimos anos decorreu do aumento de 6% para 23% da taxa de IVA na eletricidade.
“Quando dizemos que a eletricidade subiu nestes últimos anos, temos de ser objetivos e ver que um dos principais custos é de natureza fiscal”. Da mesma forma, quando “pomos requisitos de qualidade técnica, burocrática, de carga fiscal, de taxas diretas ou indiretas que têm a ver com opções claramente políticas e encontramos na “sacola” da energia o assumir desses encargos, naturalmente não podemos esperar milagres e vai haver uma pressão sobre os preços”, denunciou Ribeiro da Silva.
No seu discurso no ISEP, o presidente da Endesa recordou ainda que, durante a anterior legislatura, liderada por José Sócrates, houve uma “intromissão, no mínimo pouco decorosa, do poder político na independência do regulador e que alterou de uma forma muito clara o caminho que estava traçado”.
Desafiado a fazer um balanço do sucesso ou do insucesso da desregulação, o gestor referiu que “desconhecemos muitas das condicionantes da realidade em que vivem os diferente implicados, ou seja, as empresas que oferecem os serviços de eletricidade e de gás”, e sublinhou que “dois terços da fatura está engessada”.
Por isso, “quando o consumidor diz que a poupança entre os vários operadores é mínima, não nos podemos esquecer que na realidade estamos a competir em pouco mais de um terço da fatura final que o cliente recebe. Significa isto que, se eu tenho uma vantagem face a outra operadora de 10%, que é uma vantagem alucinante, é preciso ser-se muito bom e as outras serem muitas más, algo que não é verdade”. Na verdade, remata Ribeiro da Silva, o problema é que “estamos a competir num segmento muito limitado, pois muitos dos custos políticos afetam o consumidor de baixa tensão (doméstico) e não aos de alta tensão (empresas)”.
Igualmente presente no evento, Pedro Ricardo, administrador da Galp Energia fez referência ao problema da acumulação de dívidas por parte de clientes que mudam para outros operadores “e não pagam as últimas duas faturas”. O responsável salientou que, devido a esta questão, as empresas têm que aumentar preços “pagando o justo pelo pecador”.
Por outro lado, para o administrador da Galp Energia, se, no passado, o facto de se ter “criado uma entidade autónoma como a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) foi positivo”, neste momento “demos um passo atrás”. As tarifas transitórias, que antes eram determinadas pela ERSE, passam agora ser determinadas pelo Estado. “Ora, o Estado é uma entidade política que tem interesses políticos, e, por alguma razão, as pessoas preferem ter entidades reguladoras independentes do poder político, que podem tomar decisões que muitas vezes não são as decisões mais populares”, ironizou.

Consumidor terá de ser mais ativo

Presente também esteve Manuel Azevedo, professor do ISEP, que garantiu que no futuro o consumidor terá que ser mais “ativo” e menos “passivo” na sua relação com os operadores.
Na sua intervenção de abertura da conferência, Pires de Lima destacou o “sentimento de confiança” que se vive em Portugal “relativamente à recuperação económica do país” e apontou, entre outros, os números de crescimento das exportações e do Produto Interno Bruto (PIB).

Deco diz que o consumidor de energia “não tem confiança no mercado liberalizado”

Já para Ana Cristina Tapadinhas, adjunta do secretário-geral da Deco, o “consumidor de energia, neste momento, não tem confiança para mudar do mercado regulado para o liberalizado”.
Segundo a responsável, “é fundamental que a fatura energética do consumidor seja reduzida, até porque há um grau de desconfiança muito elevado neste setor”. Prova disso mesmo é o facto de a mudança do mercado universal para o mercado liberalizado, que será obrigatória em 2017, apenas ter abrangido 50% dos consumidores domésticos. Tendo questionado através de inquérito os seus associados sobre esta questão, 40% dos inquiridos responderam que não havia grande diferença de preços entre os vários comercializadores e 20% responderam que não tinham confiança na mudança de comercializador.
Ana Cristina Tapadinhas recordou ainda as iniciativas da Deco, que promoveu leilões de energia para os consumidores de eletricidade e gás, que geraram poupanças e levaram a mudanças na atuação dos operadores de energia, no que diz respeito a preços e a cláusulas que não são benéficas para o consumidor.

 


Cheque-formação arranca em agosto

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O apoio máximo é de 500 euros para desempregados e de 87,5 euros para trabalhadores no ativo
A medida cheque-formação que o Governo anunciou na última semana deverá arrancar em agosto, adiantou à “Vida Económica” fonte do gabinete do ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares. A medida propõe-se dar um apoio máximo de 500 euros aos desempregados.

Foram dados “10 dias” aos parceiros sociais para se pronunciarem. Depois de recolhidos os contributos, o processo é “legislativo”, explica a mesma fonte do Governo, adiantando que, apesar de não haver um prazo fechado, “tudo indica” que o diploma que regulará a implementação do programa cheque-formação arrancará em agosto.
A medida cheque-formação é uma nova modalidade de financiamento direto da formação a atribuir às entidades empregadoras, aos ativos empregados e aos ativos desempregados inscritos na rede de centros de emprego e centros de emprego e formação profissional do IEFP. Este incentivo à formação profissional assume-se como “um instrumento potenciador da criação e da manutenção do emprego e do reforço da qualificação e empregabilidade”, diz a proposta do Governo enviada aos parceiros sociais.

Instrumento potenciador da criação de emprego

A ideia, segundo ao termos da proposta, é “reorientar o atual sistema de formação profissional, no sentido da sua progressiva aproximação à procura de formação”. E “coresponsabilizando os diferentes intervenientes, entidades empregadoras, ativos empregados e desempregados a procurar formação, de acordo com a sua estratégia de posicionamento no mercado ou o seu desenvolvimento profissional, e tendo em conta as reais e objetivas necessidades do mercado de trabalho”. Tudo para que se consiga “melhorar o ajustamento entre a oferta e a procura formativa”, diz o Governo.

Cheque-formação

O cheque-formação propõe-se dar um apoio máximo de 500 euros aos desempregados, a que acrescem a bolsa de formação, o subsídio de refeição e as despesas de transporte. Podem candidatar-se os que estejam inscritos nos centros de emprego e que, passados 90 dias, não tenham quaisquer propostas de formação ou de trabalho e serão abrangidos os que tenham pelo menos o ensino secundário por dupla certificação ou licenciatura (níveis 4 a 6 do Catálogo Nacional de Qualificações) e que frequentem ações com uma duração máxima de 150 horas.
Já para os trabalhadores inseridos no mercado de trabalho, o apoio será até 87,5 euros para frequentarem ações de formação à sua escolha e dentro das prioridades definidas anualmente pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Alemanha tem 50% dos jovens em formação dual

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Especialistas trocam experiências durante a conferência da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã
A ministra da Educação e da Investigação alemã, Johanna Wanka, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, discutiram durante um encontro realizado na última terça-feira o impacto da formação profissional dual sobre a economia e o futuro do país. Os três ministros estiveram reunidos na Conferência Qualificação Profissional – Competitividade – Crescimento Económico, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, no Museu da Fundação Oriente, em Lisboa.

Além dos ministros, vários outros especialistas alemães e portugueses, decisores políticos, empresários, representantes de associações patronais e de sindicatos discutiram os diferentes aspetos da formação profissional e o seu impacto na Economia e, especialmente, na redução do desemprego jovem. A discussão será apoiada pela troca de experiências entre os dois países e a análise das melhores práticas neste campo.

Formação dual aumenta empregabilidade

O sistema de formação profissional dual alemão, que se distingue por valorizar o ensino prático sobre o teórico, conta com o contributo de vários atores: as empresas, o tecido económico, a sociedade e os jovens, assegurando que a oferta de formação corresponde às necessidades reais do mercado de trabalho.
Na Alemanha, mais de 50% dos jovens opta por uma qualificação profissional dual, independentemente de mais tarde quererem concluir um grau de ensino superior ou não.
Uma das vantagens da qualificação dual é a elevada taxa de empregabilidade dos jovens e, neste âmbito, importa recordar que a Alemanha é, atualmente, o país europeu com a mais baixa taxa de desemprego jovem.

Câmara Luso-Alemã tem formação dual há mais de 30 anos

A Câmara Luso-Alemã iniciou há mais de 30 anos a formação dual em Portugal, inicialmente para dar resposta às solicitações das empresas alemãs instaladas no país, que tinham dificuldades em encontrar pessoal técnico especializado. Hoje, a DUAL, o serviço de qualificação profissional da Câmara, conta entre os seus parceiros com numerosas empresas portuguesas e outras multinacionais não-alemãs. Em 2014 frequentaram os cursos de formação inicial mais de mil jovens. As taxas de empregabilidade dos cursos da DUAL situam-se há já vários anos acima dos 90%.
O projeto VETnet, em que esta conferência se insere, está a ser desenvolvido pela Câmara Luso-Alemã em parceria com a Confederação das Câmaras de Comércio e Indústria alemãs (DIHK) e é financiado pelo Ministério alemão da Educação e da Investigação. O objetivo desta iniciativa é a adaptação do sistema de formação dual à realidade de vários países: Portugal, Índia, China – Xangai, Brasil, Espanha, Grécia, Rússia, Itália, Tailândia, Eslováquia, Países Bálticos (Letónia).

Fisco gasta cinco milhões na proteção do acesso aos dados dos contribuintes

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ATP apresenta plano com três dezenas de medidas
A Autoridade Tributária e Aduaneira, interinamente liderada por Helena Borges, apresentou um plano com dezenas de medidas, sobretudo no âmbito da proteção de dados dos contribuintes. O custo está avaliado em cerca de cinco milhões de euros, num período de dois anos. Os colaboradores externos terão acesso limitado aos dados, na sequência do escândalo da Lista VIP. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos diz que o Governo pretende “encobrir a sua incompetência”.

Entre as várias medidas, o destaque vai para a implementação de um sistema informático que possa controlar o acesso aos dados fiscais dos contribuintes. Só por si, esta medida vale metade do valor a ser gasto nas cerca de três dezenas de medidas. O que está em causa é o desenvolvimento de um espaço em branco, onde os funcionários do fisco terão de explicar previamente quais as razões de acesso às declarações de um dado contribuinte. Depois, haverá lugar à monitorização e ao arquivo desses mesmos acessos, bem como à definição de comportamentos de risco, de modo a que os acessos injustificados possam ser detetados e conhecidas as motivações do funcionário.
Uma outra medida contemplada no referido plano é a revisão das permissões de acesso que estão definidas para os colaboradores externos. Como é sabido, este sistema tem causado polémica e agora a AT quer limitar o seu acesso aos dados dos contribuintes. Considera a administração fiscal que também é essencial saber se antigos funcionários do fisco deixaram de ter as suas contas de acesso em funcionamento, para além da atualização do arquivo dos acessos às informações fiscais dos contribuintes. Estas medidas surgem na sequência da polémica Lista VIP, o que fez com que o secretário de Estado solicitasse um plano de ação à Autoridade Tributária e Aduaneira.

STI fala em “incompetência” do secretário de Estado

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos reagiu com fortes críticas ao referido plano, considerando que “as medidas para limitar o acesso dos trabalhadores à informação fiscal dos contribuintes servem apenas para encobrir a incompetência do Governo”. Mais uma vez, o STI não se coíbe de pedir o afastamento do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a quem acusa de incompetência, até porque já existe todo um conjunto de mecanismos que permite o controlo do acesso aos dados dos contribuintes.
Paulo Ralha, presidente do STI, afirma sobre esta matéria: “O que está em causa é um crime, a criação da Lista VIP e o que secretário de Estado está a tentar fazer – ou que tem feito desde o início – é desviar o assunto, primeiro dizendo que tal lista não existia e agora inventando uma medidas que não se justificam e que só vão complicar a vida dos trabalhadores e dos contribuintes. Estas medidas não se justificam, nem pelo histórico, nem por qualquer situação que tenha sido relatada nos relatórios.”
O dirigente sindical lembra que os relatórios da Comissão Nacional de Proteção de Dados e da Inspeção Geral de Finanças foram muito críticos quando à atuação da AT. No entanto, tudo indica que este é mais um caso em que a culpa morre solteira, não havendo qualquer tipo de responsabilização por parte de quem está à frente desta pasta no Governo. Brigas Afonso, ex-diretor geral das Finanças, afinal o menos responsável, foi quem acabou por sair, estando agora bastante complicado encontrar um substituto com as suas competências.

Dez bancos com taxas brutas nos depósitos de 2% e acima

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A nossa análise
Num período em que os Certificados de Aforro estão abaixo de 1% e os Certificados do Tesouro Poupança Mais têm taxas brutas entre 1,25% e 3,25%, é importante referir que continuam a existir bancos com taxas brutas bem acima da inflação.
São dez os bancos com promessas de remuneração bruta nos depósitos de 2% e alguns bem acima. As instituições que recolhemos no nosso “survey” são o Privado Atlântico Europa, o Carregosa, o BEST, o BBVA, o BIG, o Invest, o ActivoBank, o Finantia, o BNI Europa e o BIC.
Em termos de taxa buta anualizada, o Atlântico Europa é o “campeão” com uma oferta de 3% e depois há quatro instituições financeiras com taxas brutas entre 2,5 e 2,75%, a saber: Carregosa, Best, BBVA e BIG. O que é interesse analisar nestas ofertas é o prazo, pois estas são taxas promocionais e que se esgotam geralmente ao fim de três meses ou, quanto muito, ao fim de seis meses. No caso do BBVA, o “Super Depósito” está associado à gestão de vários produtos financeiros e de envolvimento total do cliente, sendo que o prazo de 1 ano é muito interessante. Relevante também é o valor do depósito mínimo, que oscila entre 500 euros (BIG) e os 5 mil euros do Carregosa.
Outras instituições financeiras com taxas dentro dos 2% anualizados estão a solicitar depósitos mínimos de 50 mil euros, o que afasta muitos dos pequenos aforradores.
Em termos de prazo/taxa de juro bruta, há duas instituições financeiras com propostas interessantes. O BNI Europa propõe-se pagar 2% de taxa bruta fixa a 1 ano para um montante mínimo de 5 mil euros, enquanto o BIC propõe a mesma taxa a  três anos para um mínimo de 2500 euros. Estas propostas são convidativas, tendo em consideração que o mercado, induzido pelo Banco Central Europeu, deverá manter as taxas muito baixas durante 2015 e 2016 e estas instituições pagam uma taxa fixa bastante mais elevada do que a média do sistema e bastante acima da inflação esperada.
Estas são propostas que suplantam produtos do Estado, já que mesmo os Certificados do Tesouro Poupança Mais apenas atingem valores máximos depois de aplicados os bónus de permanência. Por outro lado, as opções alternativas como obrigações soberanas não são a solução do momento, pois parte delas continuam com yields negativas. Os analistas esperam um período de recuperação. Os fundos de investimento mobiliários e produtos de seguros são uma opção, mas com risco associado, que pode ser mais ou menos elevado. Uma alternativa são as Obrigações do Tesouro a prazos longos, a 10 e a 30 anos, tentando um ganho no mercado de Valores Mobiliários.

Banif oferece maior taxa de rentabilidade para planos poupança reforma

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O Banif é aquele que oferece uma taxa mais elevada nos planos poupança reforma (PPR), garantindo a manutenção da mesma até ao final de 2016. A taxa de rentabilidade dos PPR é, normalmente, fixada no final de cada período, mas varia todos os anos conforme as condições de mercado. Essa rentabilidade estará também relacionada com o risco da carteira de ativos, uma vez que será expectável que um maior risco implique uma maior rentabilidade mas, consequentemente, uma maior possibilidade de o beneficiário incorrer em perdas.
Ao nível da constituição das carteiras, existe uma relativa uniformidade nas aplicações, no sentido em que grande parte delas consiste em obrigações de dívida pública.
Os PPR apresentam várias modalidades que permitem ajustar-se ao beneficiário conforme a sua propensão ao risco, sendo que os bancos oferecem planos de taxas fixas ou planos associados a fundos. Consideraram-se os planos que oferecem menor risco para o investidor, com privilégio da manutenção do capital investido. O BPI é o banco que apresenta uma maior variabilidade de opções.
O montante mínimo de subscrição mensal mais baixo é apresentado pelo plano do BPI, que exige apenas um euro por mês, sendo que a maioria dos bancos requer 25 euros por mês. O Millennium oferece ainda a possibilidade de serem efetuadas entregas únicas no valor mínimo de 1250 euros e extraordinárias de 600 euros, contudo apresenta o valor mínimo mensal de subscrição mais elevado.
As simulações realizadas partiram do pressuposto de que a idade de resgate seria os 66 anos e que a subscrição inicial seria no valor de 750 euros e subscrições periódicas trimestrais no valor de 100 euros. Variam unicamente na idade assumida como a atual do beneficiário, sendo que os valores de resgate mais altos são referentes a uma idade de 25 anos e os mais baixos de 45 anos. Tendo em conta as condições de cada banco, foi possível verificar que o Banif e o Novo Banco são aqueles que, à partida, irão permitir obter um valor de resgate mais aliciante tanto para clientes com 25 anos como para clientes com 45 anos. Já o Millennium e o BIC são aqueles que apresentam um menor valor de resgate, também para as duas categorias.


Engel & Völkers chega ao Porto e entra no segmento da aviação comercial

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Para além do negócio de propriedades do segmento de luxo e iates, a Engel & Völkers expandiu o seu portfólio de serviços com a venda e frete de aeronaves e jatos particulares para executivos. Por sua vez, a rede de franchising chegou ao Porto, com uma unidade na Foz.
Com 38 licenças atribuídas a Portugal pela marca, a Engel & Völkers “tem em curso um ambicioso plano de expansão que prevê alargar a rede a todo o país até ao final de 2018”, afirmou Manuel Neto, License Partner E&V Parque das Nações, Cascais e Restelo à VE.
A Engel & Völkers conta atualmente com cinco lojas em Portugal – Cascais, Estoril, Parque das Nações (Lisboa), Restelo (Lisboa) e Quinta do Lago (Algarve) – e conta ainda com uma nova unidade no Porto, mais concretamente na Foz.
No intuito de alargar a oferta a todo o país, “atualmente a Engel & Völkers tem disponíveis licenças para Braga, Coimbra, Lagos, Oeiras, Portimão, entre outras localidades”, acrescentou aquele responsável.
Para a localização das lojas, a marca “privilegia locais com um mercado interessante e com potencial – desde lugares turísticos e atrativos junto à costa até médias e grandes cidades”, disse. O objetivo é “posicionar a marca como uma referência nacional no setor da mediação imobiliária no segmento alto, com um portefólio adequado a cada área geográfica”.
Recorde-se que a Engel & Völkers conta com uma experiência internacional de mais de 35 anos. É uma marca alemã cujos franchisados e representações master estão focados num público de classe social alta – particulares ou investidores – “e beneficiam, desde o início, do renome e da importância de uma marca global, especializada e de reconhecido prestígio, para o desenvolvimento da sua própria empresa”, afirmou.

Franquia como sistema de licenças

O sistema de franchising da marca “é um conceito pioneiro de licenças” que tem, segundo Manuel Neto, como principais vantagens, “a autonomia dos franchisados, protegida por uma insígnia reconhecida internacionalmente” e, um “conceito de loja inconfundível, que reforça a presença no mercado”.
Também estão incluídos o “acesso ao mercado imobiliário internacional de alto nível”, “vantagens competitivas, graças à transmissão de experiência”, “acesso a uma carteira cosmopolita e exclusiva com clientes de topo”, “formação técnica intensiva e contínua, com recursos como a Academia Engel & Völkers” e “a formação in situ nas lojas e a utilização de um programa informático próprio que faz o controlo centralizado das vendas através de um sistema de gestão de dados”.
Este programa “dá acesso a informação atualizada do portefólio da marca em todo o mundo, permite promover a carteira de imóveis ao nível global e aceder a uma rede internacional tanto de compradores como de propriedades exclusivas”, reforçou.
Em termos de perfil de franchisado, a rede pretende parceiros que “prefiram a qualidade à quantidade”, resumiu Manuel Neto. Podem ser empresários que “aspiram alcançar lucros elevados, profissionais imobiliários que querem tornar-se autónomos, fornecedores de serviços financeiros com o objetivo de diversificar a oferta, investidores que procuram sucesso mediante um sócio com experiência e que lhes permita tirar partido de uma marca próspera”.
Estas “têm de ser pessoas pró-ativas, profissionais e com experiência de negócios no geral”, acrescentou o mesmo responsável. “É importante existir entusiasmo por trabalhar no setor de imóveis de luxo, serem bons comunicadores e aspirarem a conseguir os objetivos e os resultados. Tudo o resto aprende-se na Academia Engel & Völkers e com a ajuda da equipa de suporte”.

Localização prime

A localização das unidades E&V permite estabelecer uma ligação com o segmento residencial de luxo. “Existem, de facto, localizações onde o portefólio da Engel & Völkers assume valores e exclusividade muito elevados, como resultado da conjugação de diversos fatores, nomeadamente a natureza do país, a localização concreta da propriedade, a exclusividade do imóvel ou mesmo a sua história ou os anteriores proprietários”, afirmou Manuel Neto.
No caso de Portugal, “podemos dar como exemplo o Parque das Nações, uma das zonas residenciais contemporâneas mais luxuosas de Lisboa, ou o Restelo, uma das zonas mais nobres”.
No entanto, “a localização das lojas não limita a oferta, o que explica que no nosso portefólio se integrem também imóveis de outras áreas do país – e mesmo do mundo –, desde palacetes históricos, villas, apartamentos modernos”.
Por isso, o sistema de gestão do portefólio da marca permite que “as nossas lojas podem partilhar a sua carteira internacionalmente, seja um palácio do séc. XVI onde terá habitado a realeza, uma casa que pertenceu a alguém famoso, ou uma mansão de um particular anónimo”.
 
Engel & Völkers Aviation é nova área de negócio

O grupo expandiu o seu portefólio de serviços com a divisão Engel & Völkers Aviation, que se dedica a vender e a fretar aviões para privados e empresas. Esta nova divisão, que vem juntar-se ao negócio de venda de iates, põe à disposição dos seus clientes voos charter personalizados em todo o mundo através do seu website.
O portfólio abrange desde aviões a hélice pequenos até jatos grandes. Com cerca de 4000 aviões disponíveis na plataforma de reservas, a E&V Aviation oferece aos clientes o acesso a uma frota mundial de aviões charter para voos privados ou de negócios.
Além do fretamento de aeronaves para viagens particulares e da negociação de aviões, a marca assume também a intermediação do aluguer de aviões de longo alcance para executivos, privados, e regimes de propriedade fracionada.
Além disso, a nova divisão de negócios proporciona um amplo serviço de consultoria em questões jurídicas e tributárias, gestão de aeronaves, financiamento estruturado, bem como gestão de risco e seguros.
Os preços para charter e para a aquisição de aeronaves de negócios são variáveis. Uma aeronave turbohélice de curto alcance custa aproximadamente 1,8 milhões de euros e tem um custo de charter horário de 850 euros.
No caso dos jatos leves, o investimento situa-se entre os 4 e 7,9 milhões de euros para a aquisição e um custo de charter entre 1250 e 2000 euros/hora. Quando se trata de jatos de médio porte, os valores variam aproximadamente entre os 10,3 e os 15,6 milhões de euros, enquanto o custo de charter varia entre 2250 e 5500 euros por hora de voo, com capacidade para transportar até dez pessoas para destinos de 3000 até 4000 quilómetros de distância. A aquisição de um jato de longo alcance e de cabine grande ou «bizliner» pode atingir 53,5 milhões de euros ou 15.000 euros por hora, numa base “all-in charter”.
Segundo a marca, as tendências apontam para o aumento do recurso pela empresas a voos charter de negócios e até a adquirir o seu próprio jato, dado que esta opção pode às vezes ser menos dispendiosa do que reservar voos regulares para equipas grandes.
Outro aspeto é o aproveitamento mais eficiente do valioso tempo dos gestores que viajam em jatos particulares. Turistas abastados e proprietários de segundas residências também recorrem cada vez mais ao uso de jatos particulares, o que lhes permite chegar a destinos de férias exclusivos, e muitas vezes exóticos, através de um voo direto. A procura por voos privados e de negócios é elevada entre clientes com grande capacidade financeira.

 

“WTCC é um evento financeiramente sustentável”

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Garante o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos
A passagem do WTCC (sigla em inglês do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo) por Vila Real é “financeiramente sustentável”, de acordo com o presidente da autarquia transmontana, Rui Santos. “Estamos falar de uma despesa de aproximadamente 1,5 milhões de euros e de uma receita também na ordem de 1,5 milhões de euros. Este valor refere-se apenas ao evento e não inclui obras. Como se vê, portanto, trata-se de um evento financeiramente sustentável. Não o organizaríamos se não fosse assim”, afirma, em entrevista à “Vida Económica”. O evento realiza-se de 10 a 12 de julho e, segundo Rui Santos, vai gerar um impacto económico de 10 milhões de euros à cidade.
Vida Económica – Vila Real vai receber, de 10 a 12 de julho, o WTCC. Há poucos anos, isso seria inimaginável. Como surgiu a possibilidade?
Rui Santos –
Vila Real tem uma grande tradição no desporto automóvel. Desde 1931 que se organizam corridas de automóveis e de motas em Vila Real, tendo passado por cá alguns dos maiores nomes destas modalidades. Infelizmente, no entanto, o Circuito esteve parado entre 1992 e 2007, quando foi brevemente reativado, voltando a parar em 2010. Quando fomos eleitos para a Câmara Municipal (CM), no final de 2013, assumimos o compromisso de retomar as corridas, o que fizemos em 2014. Felizmente, tudo correu muito bem e houve muita gente a ficar entusiasmada com a nossa vontade assumida de internacionalizar o circuito, nomeadamente a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, o Turismo do Porto e Norte e a CCDR-N. A determinada altura, o Porto decidiu que não queria continuar a organizar o WTCC e nós aproveitámos a oportunidade, que agarrámos com as duas mãos! Não tínhamos antecipado que a internacionalização fosse tão rápida e ao nível de um campeonato do mundo, mas não tivemos medo de a assumir.

VE – Esta será a maior prova de automóveis alguma vez realizada em Vila Real?
RS –
Penso que sim. Este é um campeonato com uma dimensão global, é um campeonato do mundo FIA. Nos anos 60 e 70 recebemos pilotos estrangeiros e séries estrangeiras, mas nunca integradas num campeonato do mundo. Ainda por cima, trata-se de um evento transmitido pela Eurosport para dezenas de países, com uma audiência estimada em 50 milhões de telespetadores durante o fim de semana. É a maior prova de automóveis e a maior campanha publicitária a Vila Real, ao Douro e à região Norte que alguma vez foi feita.

VE – Quanto custa a prova em Vila Real?
RS –
Estamos falar de uma despesa de aproximadamente 1,5 milhões de euros e de uma receita também na ordem de 1,5 milhões de euros. Este valor refere-se apenas ao evento e não inclui obras. Como se vê, portanto, trata-se de um evento financeiramente sustentável. Não o organizaríamos se não fosse assim.

VE – Desse montante, qual o investimento direto da CM Vila Real?
RS –
A autarquia investe os 15% da componente nacional das candidaturas que fizemos e que foram aprovadas. Para além deste valor, prevemos investir cerca de 70 mil euros.

VE – O Porto albergou o evento durante alguns anos e em 2015 optou por nãorealizar a prova, alegando falta de fundos. Como se financiou Vila Real para realizar o evento?
RS –
Com muita cautela e responsabilidade. Essa pergunta é muito frequente, mas é preciso entender que há diferenças significativas entre Vila Real e o Porto. Desde logo, a tradição automobilística e o amor intrínseco dos vila-realenses ao desporto automóvel levam a que exista um grupo de pessoas com grande conhecimento sobre o desporto e experiência de organização de provas, que trabalha todo o ano, voluntariamente, para a realização das corridas. Dois bons exemplos são a Associação Promotora do Circuito Automóvel de Vila Real e o Clube Automóvel de Vila Real. É impressionante a dedicação e voluntarismo destas instituições e das pessoas que as constituem. Depois, conseguimos aprovar duas candidaturas a fundos comunitários, uma no valor de um milhão de euros, para o evento, e outra de 600 mil euros, para infraestruturas, ou seja, financiamento para as intervenções materiais e imateriais mais relevantes. Por fim, recorremos a todos os amigos e conhecidos, a todas as empresas e potenciais patrocinadores, para viabilizar financeiramente o circuito. É preciso sublinhar que há muitas pequenas empresas locais que, dentro das limitações da sua dimensão, contribuem fortemente para que as corridas sejam uma realidade.  

VE – Qual o impacto mediático e económico da passagem da caravana de uma das mais importantes provas da FIA pela cidade?
RS –
Essa avaliação só poderá ser feita depois da prova, claro. Temos como parceira do evento a Cision, uma das maiores empresas nesta área no mundo, a fazer a avaliação do impacto mediático e económico. Apresentaremos os resultados quando os tivermos. Há números preliminares que nos deixam muito otimistas: calcula-se que apenas as equipas e os promotores terão um impacto direto de cerca de três milhões de euros na economia do concelho. Se contarmos com o público, há números que apontam para um impacto de cerca de 10 milhões de euros em Vila Real e mais de 80 milhões de euros na globalidade da região, a acreditar nos valores apresentados pelo Porto, aquando da última passagem do WTCC por esta cidade. Enfim, são aspetos que apenas poderemos concretizar no final do evento. Repito, estamos muito otimistas com o retorno deste investimento.

VE – Quais são expectativas em termos de público nas bancadas?
RS –
Sendo contido, apontamos para mais de 200 mil pessoas no fim de semana em Vila Real. Atendendo a que o nosso concelho tem cerca de 51 mil pessoas, é significativo. As bancadas estarão repletas, certamente, mas isso é apenas uma parte da festa. A cultura do circuito de Vila Real é de proximidade, de gente nas redes, nas varandas e janelas. O nosso lindíssimo circuito é urbano, passa nas ruas que fazemos todos os dias para o trabalho, à porta das nossas casas. É uma maneira de viver a velocidade muito diferente da dos autódromos.

VE – O facto de Tiago Monteiro ser um dos pilotos das equipas de marca será um contributo?
RS –
Sem dúvida. Mais ainda, agora que venceu finalmente uma prova, na Rússia. Estamos muito contentes por ir recebê-lo aqui e ele tem sido um bom embaixador de Vila Real junto dos colegas de campeonato e das equipas. Vive-se um grande entusiasmo à volta da prova portuguesa e os portugueses estarão a torcer pelo seu piloto.

VE – Haverá, também, a presença de um piloto de Vila Real, Manuel Pedro Fernandes, a correr num Chevrolet privado.
RS –
Outra grande notícia! O Manuel Pedro Fernandes é um jovem piloto vila-realense, que é também um empresário de sucesso. Correu no já extinto PTCC e mais recentemente no campeonato nacional Fiat Abarth. Estamos muito felizes por ele, por todas as suas qualidades pessoais e de pilotagem, mas também pela homenagem que a sua presença representará ao seu pai, o grande piloto nacional Manuel Fernandes, já falecido. Ele e o Tiago Monteiro farão certamente vibrar o público presente.

VE – Além do público português, contam com público internacional?
RS –
Sim, claro. Há toda uma “tribo” que se move à volta do WTCC e que o segue por todo o mundo. Vila Real não será diferente. Mas essa é uma realidade que já conhecemos bem. No ano passado, no regresso das corridas a Vila Real, encomendámos um estudo que nos demonstrou que mais de 40% dos visitantes das corridas vinham do estrangeiro. Mais uma vez, destaco a importância que as corridas terão para a promoção de Vila Real, do Douro e da região, colocando-as na casa e na mente de milhões de pessoas em dezenas de países.

VE – Em termos de alojamento, vão dar resposta cabal?
RS –
Estamos a dar, embora recorrendo a toda a região. Muito cedo ficaram esgotadas as unidades hoteleiras de Vila Real, que são poucas. Algumas no próprio dia do anúncio da vinda do WTCC a Vila Real. Mas há pessoas a alugar casas particulares, há hotelaria nos concelhos vizinhos, enfim, há oferta para todos os gostos e bolsas. Se pensarmos bem, mesmo o Porto terá a ganhar neste aspeto com a prova de Vila Real. A viagem entre o Porto e Vila Real é de cerca de 50 minutos, o que é perfeitamente aceitável para quem acompanha o campeonato. Como exemplo, posso dizer-lhe que estive presente na prova russa, a tal que tive o prazer de ver o Tiago Monteiro ganhar, e o autódromo distava 100 km de Moscovo.

VE – Em matéria de acessibilidades, se o túnel do Marão já estivesse concluído seria uma mais-valia?
RS –
É claro que sim! Nesse caso, a hotelaria do Porto e o aeroporto do Porto estariam a 35 minutos de Vila Real. Infelizmente, o Governo teve a obra parada durante três anos, com perdas terríveis para a região. Este é apenas um pequeno exemplo dessas perdas. Também a ligação aérea a Lisboa, que o Governo interrompeu e apenas agora está a relançar (em ano eleitoral, curiosamente, tal como o túnel do Marão), faz falta para este evento. Mas acreditamos que as melhorias da mobilidade, no futuro, serão apenas uma parte das melhorias que teremos que fazer. Sabemos que este será o primeiro ano, muito difícil, em que nem tudo será perfeito e em que aprenderemos para fazer melhor nas próximas edições.

VE – O contrato com a Eurosport Events é para 2015, 2016 e 2017. Poderá ser prolongado?
RS –
Penso que sim, mas apenas o futuro o dirá. Vamos ver como corre tudo, vamos provar a nossa qualidade e, a nossa capacidade para organizar eventos desta dimensão, vamos receber muito bem os nossos convidados, como é apanágio dos portugueses e dos transmontanos e a partir daí, o céu é o limite. É com orgulho que lhe digo que já ouvi referências a Vila Real como o Mónaco português. Aquilo que sei é que queremos afirmar Vila Real como a capital nacional do automobilismo e ombrear com as grandes capitais mundiais do desporto automóvel. Temos as pessoas, a vontade e a capacidade para isso.

Arval quer comprar operação europeia da GE Capital Fleet Services

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Acordo preliminar já assinado
O BNP Paribas anunciou, na segunda-feira (dia 29 de junho), que a Arval assinou um acordo de entendimento com a GE Capital de intenção de compra da sua atividade de gestão de frotas na Europa. O âmbito desta aquisição cobre mais de 160 mil veículos em 12 países europeus, entre os quais  Portugal. O ativo em valor de veículos é de cerca de 2,4 mil milhões de euros a dados do primeiro trimestre deste ano.
A conclusão desta transação está prevista para o quarto trimestre de 2015, sujeita à assinatura das versões finais dos contratos após consulta dos parceiros sociais e da obtenção das autorizações regulamentares necessárias. “Com esta operação espera-se um impacto mínimo sobre o rácio Tier 1 do grupo, compensado parcialmente pela recente venda de uma participação na Klépierre”, refere o comunicado.
Este projeto será parte de uma transação global na qual a Element Financial Corporation, parceira da Arval na América do Norte, também acordou a compra do negócio da GE Capital Fleet Services nos Estados Unidos, México, Austrália e Nova Zelândia. Com este negócio, a Arval e a Element Financial reforçam de forma significativa a posição da “Element – Arval Global Alliance” a nível mundial, com mais de três milhões de veículos em 40 países.

Reforço de posição

“Para o grupo BNP Paribas, esta aquisição irá reforçar a presença do nosso negócio de gestão de frotas no mercado europeu. Esta transação ilustra ainda mais a estratégia ativa do grupo de reforçar a liderança das suas atividades especializadas na Europa”, referiu Thierry Laborde, diretor-geral adjunto do BNP Paribas e responsável pelos mercados domésticos.
“A Arval irá tornar-se líder em financiamento e gestão de frotas na Europa e eu estou certo que os nossos clientes irão beneficiar muito da nossa cobertura geográfica, da nossa experiência e da nossa dimensão. Estamos também muito entusiasmados com esta nova cooperação com a Element Financial e estamos profundamente convictos de que este negócio trará valor para ambas as partes”, afirmou, por seu turno, o CEO da Arval, Philippe Bismut.

O aumento das exportações é a única forma de lançar a economia portuguesa

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Mira Amaral considera
“Há um novo paradigma que está a crescer na economia portuguesa: empresas mais pequenas com capacidade de resposta rápida, produção industrial flexível, design criativo e colaboradores qualificados. O que o Estado tem de fazer é diminuir os custos de contexto, a burocracia e criar as infraestruturas ferroviárias e portuárias que não temos”.

A receita base para salvar o país de males maiores é defendida por Luís Mira Amaral, presidente da Comissão Executiva do Banco BIC Português, em resposta à pergunta “Como resolver os problemas das empresas”, colocada pelo presidente da Associação Industrial Portuguesa, José Eduardo Carvalho, no seminário empresarial “Crescer para Expandir: Oportunidades de Negócio, Inovação e Internacionalização – Angola, Brasil e Cabo Verde”, realizado no recentemente no Centro de Congressos de Lisboa, pela AIP em parceria com o Banco BIC e a SPI.
Para o antigo ministro da Indústria, “há motivos para ter esperança”, a avaliar pela “dinâmica que se gerou com as exportações, o aparecimento de novas empresas, os novos e fantásticos projetos lançados na agricultura e na agroindústria por gente jovem que foi da cidade para o campo e injetou conhecimento”.
 “É de facto muito bom o que está a acontecer”, disse o banqueiro, expondo, de seguida, a outra face da moeda: “O problema é que o peso da dívida pública é de tal forma grande que aquilo de bom que temos em Portugal só por si não consegue ultrapassar os constrangimentos que existem”.
“A única forma de lançar a economia portuguesa será através do aumento das exportações. Estamos a exportar 40% do PIB. Um país da nossa dimensão devia exportar 60% a 70% do PIB no mínimo”.
A abordagem mais eficaz do enorme mercado dos EUA é outra sugestão para aumentar as exportações.

Legitimidade da IFD

Questionado por José Eduardo Carvalho sobre a legitimidade do aparecimento de uma nova entidade financeira, Mira Amaral respondeu: “Continuam a existir duas falhas de mercado que gostava que a nova instituição financeira viesse a resolver, como sejam os fundos de capitalização para as empresas economicamente viáveis mas altamente endividadas e o facto de os depósitos com um máximo de dois anos de maturidade quando existem projetos de investimento que demoram cinco a 10 anos. Estamos pouco adaptados para financiar esses projetos, logo há uma falta de adequação entre a maturidade do passivo e a maturidade do ativo”.
O banqueiro conclui que “a banca comercial não vai resolver o problema, pois não conseguirá dar mais crédito. E o que dá é já com spreads europeus”.

Vales do Portugal 2020 podem ter reforço de dotação orçamental

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PME propõem 42,6 milhões de euros de investimento na primeira fase
A primeira fase dos concursos Vales Inovação, Empreendedorismo, Internacionalização e I&D do Portugal 2020, encerrada a 15 de junho, registou 2297 candidaturas, num valor de investimento previsto que ascendeu a 42,6 milhões de euros. A manter-se o atual ritmo de candidaturas nas restantes fases e tendo em conta o limite individual de incentivo por projeto, a dotação orçamental de uma ou mais linhas poderá ficar comprometida antes Da data do encerramento final, 31 de março de 2016. Caso aconteça, “poderá ser avaliado o reforço da dotação orçamental dos concursos”, adiantou à “Vida Económica” uma fonte do IAPMEI.

O Vale Inovação, o Vale Empreendedorismo, o Vale Internacionalização e o Vale I&D, concursos do Portugal 2020 abertos a 15 de maio, registaram na primeira fase de concurso, encerrada a 15 de junho, 2297 candidaturas, num valor de investimento previsto que ascendeu a 42,6 milhões de euros. A manter-se o atual ritmo de candidaturas durante as quatro restantes fases, há o risco de a dotação orçamental disponível para cada um daqueles programas se esgotar antes do prazo final (31 de março de 2016). Caso isso aconteça, é possível o reforço da dotação orçamental.
Conforme avançou à VE fonte do IAPMEI, “caso aconteça poderá ser avaliado o reforço da dotação orçamental dos concursos. Importa contudo referir que o impacto orçamental dependerá ainda da taxa de aprovações que se vier a verificar nas fases já concluídas”.
“O reforço de dotação pode ocorrer e a seletividade também dependerá da hierarquização dos projetos na dotação disponível”, acrescenta a mesma fonte.
A questão coloca-se, sobretudo, na vertente inovação, já que foi a que acolheu o maior número de candidaturas, 1457, que representam mais de 63% do total de projetos entrados nos quatro concursos e que equivalem a investimentos na ordem dos 26,7 milhões de euros.
A vertente empreendedorismo foi a seguir a que gerou mais procura, com 613 candidaturas que representam cerca de 27% do total de projetos candidatos, envolvendo cerca de 11,4 milhões de investimento.
Ao Vale Internacionalização candidataram-se 118 projetos com investimentos associados de 2,3 milhões de euros, acolhendo a vertente I&D 109 candidaturas, representando um investimento total de cerca de 2,2 milhões de euros.
Questionamos ainda o IAPMEI sobre este facto, de o Vale I&D ter registado na primeira fase o menor volume de candidaturas, tanto mais que se trata do programa com maior dotação orçamental (10 milhões de euros).
“Sendo uma atuação de natureza mais tecnológica, não se verificou neste primeiro concurso uma procura tão forte por parte das empresas. Não deixa, por isso de ser uma importante aposta”, esclareceu.

Condições de candidatura não serão alteradas

Os programas “Vale” contemplam um conjunto de iniciativas que, de forma simplificada, apoiam as PME na aquisição de serviços de consultoria em áreas específicas a entidades devidamente certificadas para o efeito. As candidaturas decorrem em contínuo até 31 de março de 2016, contemplando, no total, cinco fases de candidatura. O encerramento da segunda fase dos concursos está agendado para o próximo dia 31 de agosto.
Quisemos saber se, pelo facto de contemplar candidaturas em contínuo, haveria possibilidade de os promotores poderem apresentar despesas de projeto realizadas em anteriores fases. “Não”. Tal como explicou a mesma fonte, “a elegibilidade de despesas já realizadas é vedada pelas regras de auxílios de Estado na EU”.
Fica também assente que o objetivo destes concursos, “selecionar projetos que se constituam em pequenas iniciativas empresariais de PME”, será mantido: “no âmbito dos vales, pretende-se que os destinatários sejam exclusivamente PME”.

IAPMEI acolhe 88% das intenções investimento

As candidaturas que se encontram na esfera de atuação do IAPMEI são responsáveis por 88% das intenções de investimento no total dos quatro concursos, num valor superior a 37,5 milhões de euros, distribuídos pelas áreas da inovação empresarial, empreendedorismo, e investigação e desenvolvimento.
Em termos regionais, o Norte concentrou 885 dos projetos entrados no IAPMEI, num valor de investimento que ascende a 16,2 milhões de euros.
O Centro surge a seguir como a região que mobilizou o maior número de projetos entrados no IAPMEI, 539 para um total de investimento na ordem dos 9,8 milhões de euros.
Lisboa a e Vale do Tejo foi responsável por 185 candidaturas que representam 3,5 milhões de euros de investimento, enquanto o Alentejo e o Algarve, absorvem respetivamente 142 e 113 projetos, com investimentos agregados de cerca de 2,5 e 2,2 milhões de euros. Em termos de tipologia de investimento, 1395 dos projetos recebidos pelo IAPMEI concentram-se na área da capacitação para a inovação empresarial, com investimentos associados superiores a 25,5 milhões de euros.
O apoio ao empreendedorismo concentrou 530 projetos para um investimento associado superior a 9,8 milhões de euros, e as atividades na área da investigação e desenvolvimento foram responsáveis por 109 candidaturas, envolvendo cerca 2,2 milhões de euros de investimento.

Incentivo de 15 mil euros por projeto

Os apoios neste regime simplificado assumem a forma de incentivo não reembolsável, tendo por base a aplicação de uma taxa de 75% sobre as despesas consideradas elegíveis.
No caso dos Vales Inovação, Internacionalização e Empreendedorismo, o limite máximo de despesa elegível assume o valor de 20 mil euros. No Vale I&D, o valor máximo de incentivo por projeto é de 15 mil euros, sendo o limite mínimo de despesa elegível de cinco mil euros.
A formalização de candidaturas é efetuada através de formulário eletrónico no Balcão 2020 (https://www.portugal2020.pt/Balcao2020/).

Portugal é um país muito atrativo para a instalação de empresas estrangeiras

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CCILF promove Fórum para investimento em Portugal
Portugal é um país com um contexto empresarial e uma fiscalidade muito interessantes para as empresas estrangeiras. As condições para os residentes não habituais são particularmente interessantes e as empresas gozam de toda uma série de benefícios caso aqui pretendam instalar-se, foi referido durante o Fórum do Imobiliário e do Investimento para Franceses em Portugal, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), que juntou mais de 300 participantes, na cidade do Porto.

Pelas intervenções ficou claro que o mercado nacional tem margem para captar o investimento estrangeiro. As condições são atrativas, quer para as empresas quer para os privados. A AICEP teve como objetivo cativar os representantes de empresas francesas presentes no fórum a investirem em Portugal. Esse papel coube a Filomena Dias, que chamou a atenção para alguns aspetos importantes, desde logo a nossa localização geoestratégica, que permite às entidades empresariais estenderem o seu mercado aos continentes americano, africano e asiático. Por outro lado, a língua portuguesa abrange mais de 250 milhões de pessoas, o que é um fator facilitador dos negócios.
Para a responsável da AICEP, existem outros fatores não menos importantes que concorrem para a nossa atratividade relativamente ao investimento estrangeiro. “As infraestruturas existentes propiciam a disponibilidade de serviços de qualidade e o capital humanos, tem qualidades e competências reconhecidas, desde o comprometimento com o trabalho até ao bom nível das qualificações académicas, passando pela flexibilidade e a capacidade de resolver os problemas. Por outro lado, o custo do trabalho é competitivo e foram aprovadas novas medidas no âmbito do Código do Trabalho, que tornam o mercado laboral mais competitivo.”
Neste momento, existem cerca de 400 empresas francesas a operarem em Portugal, o que é revelador da sua importância para aquele país. A responsável da AICEP aponta como setores de oportunidade o automóvel, a aeronáutica, as tecnologias de informação, os centros de serviços partilhados e a agricultura, os têxteis, o calçado e a cerâmica. De referir ainda as medidas de apoio ao investimento, com destaque para a reforma do IRC o Código Fiscal ao Investimento e o Programa Portugal 2020. Entre as outras medidas fiscais conta-se também a simplificação fiscal para as pequenas e médias empresas ou o crédito de imposto ao investimento, até 25% dos investimentos produtivos. Não menos importante é a existência de toda uma série de incentivos destinada à criação de postos de trabalho.

Facilidades de instalação no país

O regime fiscal do residente não habitual representa um outro fator de atratividade, como referiu Mafalda Moreira, da Telles de Abreu & Associados. “Há um regime favorável, aplicável durante dez anos – consecutivos ou não – com a perspetiva de captar sobretudo profissionais não residentes na atividades de elevado valor acrescentado.” Obter o estatuto não é um processo difícil, designadamente a permanência de mais de 183 dias no país (continuados ou não), durante um período de 12 meses e a posse de uma habitação, deixando antever a intenção de a conservar ou utilizar a título de residência principal. Nos cinco anos anteriores não pode ter sido considerado residente fiscal.
Maria do Céu Carvalho, da consultora KPMG, destacou a reforma do IRC, no ano passado, que terá aumentado a competitividade de Portugal quanto aos investidores estrangeiros. Os incentivos fiscais e financeiros pretendem estimular a produção e promover a internacionalização, bem como a criação de postos de trabalho e a mobilidade laboral. A fiscalidade tornou-se mais simpática para as empresas. De referir ainda que podem ser aprovados projetos de importância estratégica ou especiais, possibilitando as autoridades a disponibilização de pacotes de incentivos fiscais e financeiros.

Fórum deu resposta às solicitações de potenciais investidores

O 1º Fórum do Investimento e do Imobiliário para Franceses em Portugal foi criado par dar resposta às muitas solicitações recebidas por parte de empresários e particulares daquele país. A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa “meteu mãos à obra” e o evento saldou-se num sucesso. Estiveram presentes mais de 300 participantes, sendo que metade veio de França propositadamente para assistir ao fórum.
Para a entidade organizadora, foi um sinal claro de que a França continua muito interessada em Portugal, não só em termos empresariais, mas também para habitação. A forma como se estruturou o evento teve como objetivo dar soluções efetivas aos interessados no nosso país. Foram apresentadas várias opções de apoio, através de stands de parceiros e de dissertações por parte de profissionais das mais variadas áreas. Temas como “A preparação da minha saída de França” ou “A especificidade dos seguros em Portugal” foram disponibilizados em mesas-redondas ou palestras, possibilitando a interação entre os oradores e os participantes.
Sem dúvida que a vertente prática mereceu especial atenção por parte da organização, já que no segundo dia de trabalhos visitaram-se empresas e foram dados a conhecer alguns projetos imobiliários. Por outro lado, várias associações gaulesas estiveram na Invicta. Responsáveis de entidades portuguesas, como a Câmara Municipal do Porto ou a InvestPorto, troca, disponibilizaram-se para falar com potenciais investidores. E as organizações francesas já cá residentes apoiaram os participantes nas suas áreas de competência.

Portugal consegue excedente comercial de 1600 milhões com os Estados Unidos

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Embaixador Robert Sherman destaca capacidade de inovação das PME portuguesas
“As empresas portuguesas revelam uma forte capacidade inovadora” – disse à “Vida Económica” o embaixador dos Estados Unidos. Num balanço sobre a visita a um conjunto de empresas do Grande Porto, Robert Sherman destacou os exemplos de tecnologia aplicada a empresa de setores tradicionais e a competitividade nos mercados externos. “Estão reunidas as condições favoráveis a novas parcerias entre empresas americanas e empresas portuguesas” – disse o diplomata no final do programa onde foi acompanhado por Luis Campos Ferreira, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
Entre as áreas possíveis de cooperação, destacou as parcerias comerciais e o investimento de empresas americanas em projetos que envolvam empresas portuguesas. “É o tempo de desenvolver a cooperação económica com Portugal” – resumiu.
Acordo de livre comércio favorece as PME

O novo acordo de comércio livre entre os Estados Unidos e a Europa, conhecido pela sigla TTIP vai contribuir para o aumento das trocas comerciais. Para Robert Sherman, o acordo em preparação com uma parte das medidas já aprovadas pelo Congresso vai ter um forte impacto nas PME, abrindo novas oportunidades de mercado. Em sua opinião, a eliminação das barreiras alfandegárias será particularmente benéfica para as PME.
O TTIP, acordo que está a ser negociado entre a Europa e os EUA, vai eliminar quase todos os direitos de importação de produtos industriais e agrícolas, melhorar o acesso aos mercados, e facilitar a cooperação na regulação e investimento.
Os EUA são a maior economia mundial o maior importador mundial, o segundo maior exportador (atrás China), terceiro país do mundo em população.
São também o maior produtor mundial de petróleo e maior de gás natural.
A economia americana é baseada nos serviços, representam 80% PIB. Os EUA são o segundo maior mercado mundial em despesas turísticas no exterior e o maior importador de vinho, dois setores de atividade relevantes para Portugal.

Exportações a crescer

As trocas comerciais entre Portugal e os Estados Unidos são muito favoráveis ao nosso país. O saldo do comércio entre os dois países gera um excedente de 1600 milhões de euros para Portugal, com tendência de crescimento, tendo em conta o aumento recente das exportações. A manter-se o ritmo do primeiro trimestre, as exportações para os Estados Unidos deverão atingir este ano os 3500 milhões de euros, com destaque para os combustíveis, máquinas e aparelhos, químicos, medicamentos, e matérias têxteis.
As importações de produtos americanos estão estabilizadas próximo dos 1500 milhões de euros e também têm especial relevo nos combustíveis, máquinas e aparelhos, produtos agrícolas, nomeadamente, soja e milho, e nos veículos e material de transporte.

União Europeia vai abolir o “roaming” a partir de 2017

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O Conselho da União Europeia e o Parlamento chegaram a acordo sobre os encargos que cobram as operadoras pela utilização do móvel em itinerância na União Europeia. O “roaming” poderá ter os dias contados a partir de junho de 2017, com condições para evitar abusos. Falta agora a ratificação dos governos dos 28 Estados-membros.
De acordo com o pacto alcançado, os sobrecustos por realizar chamadas, enviar mensagens ou navegar na internet através do telemóvel num Estado-Membro diferente do da origem do operador deverão desaparecer a partir daquela data. Em contrapartida, os operadores poderão aplicar uma política de “uso justo” para evitar a utilização abusiva do “roaming”. Há muitos meses que as instituições europeias estão a negociar esta nova legislação, sobre a qual havia diferentes posições. Tudo indica que se chegou a um acordo definitivo, a bem dos consumidores e do próprio mercado único. A Comissão acabou por fazer algumas cedências, já que, inicialmente, pretendia que o “roaming” fosse simplesmente abolido. Acabou, no entanto, por aceitar um certo tipo de mecanismo de preços. No próximo ano já se deverá assistir a uma descida dos preços, numa espécie de período intermédio de transição. Também haverá garantias para a neutralidade da utilização da internet.

Barclays promove cultura financeira dos investidores

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O Barclays está a levar a cabo seminários de investimento, em parceria com o JP Morgan, com o objetivo de aproximar as instituições dos clientes e promover a cultura financeira. “Os seminários de investimento são uma oportunidade de reafirmar o nosso compromisso com os nossos clientes.
Estamos também fortemente empenhados em contribuir para o reforço da cultura financeira junto dos investidores, ajudando-os a compreender melhor a atualidade e a tomar decisões suportadas na visão dos nossos especialistas”, disse à “Vida Económica” José Calheiros, do Barclays.
O tema do mais recente seminário, realizado no Porto, foi “Em Busca dos Investimentos Esquecidos”. A nossa fonte justifica a opção por ser “uma forma diferente de abordar e recordar os princípios basilares que os investidores deverão ter em conta” no momento da tomada de decisão sobre os seus investimentos. “No atual contexto de taxas de juro, o desafio está em encontrar soluções diversificadas que permitam obter rendimentos consistentes no tempo ajustados ao perfil de risco de cada investidor”, explica.

“Modas” podem ser perigosas para os investidores

José Calheiros avisa que as “modas” pode ser um problema para os investidores. “Na atual era da informação em que vivemos, os investidores são diariamente ‘bombardeados’ com um manancial de informação e opiniões sobre quais são as melhores oportunidades do momento ou sobre os acontecimentos que mais perturbam os mercados financeiros. Todos estes factores geram emoções e receios nos investidores que os levam, muitas vezes, à tomada de decisões menos ponderadas, ao sabor das ‘modas’, em detrimento da permanência do investimento em soluções diversificadas”, indica.
A nossa fonte faz um balanço positivo dos seminários já realizados, no Porto e em Lisboa. “Tiveram uma excelente afluência, com cerca de 150 clientes em cada uma. Os objetivos que tínhamos para estas sessões foram cumpridos, tendo sido partilhada com os clientes informação atual sobre os mercados, assim como os métodos mais corretos para investir, verificando-se um bom envolvimento e participação, com questões bastante relevantes a serem colocadas na sessão de perguntas e respostas”, refere a fonte do Barclays.
Tendo em conta este cenário, os eventos deverão ter novas edições. “Estar presente na vida dos nossos clientes das mais diversas formas continua a ser o nosso compromisso. Nesse sentido, e em linha com o que temos vindo a preconizar nos últimos anos, sempre que oportuno, partilharemos a nossa visão e perspetiva da atual conjuntura macroeconómica junto dos nossos clientes. Estes foram os segundos seminários deste ano, como já vem sendo hábito ao longo dos últimos anos”, explica.

Evento a repetir em várias cidades do país

Estas novas edições destes seminários não se ficarão, segundo José Calheiros, pelos principais centros urbanos. “A nossa prioridade recai sobre os principais centros urbanos onde conseguimos chegar a um maior número de clientes, daí estes seminários, em parceria com a JP Morgan, realizados no Porto e em Lisboa. Temos também realizado sessões em outras cidades, como Braga, Aveiro, Leiria, Viseu, entre outras, a fim de acompanharmos os nossos clientes de forma mais próxima e singular”, indica.

Mar 2020 prevê investimento de mil milhões até 2022

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Regime dos jovens aquicultores e pescadores pronto em setembro
O Mar 2020, programa dedicado ao setor das pescas e das atividades do mar, prevê uma dotação global que ronda os 400 milhões de euros, afirmou Manuel Pinto de Abreu. A esta verba, juntam-se 115 milhões provenientes do Orçamento de Estado, valor total que alavancará um investimento privado de “pelo menos o mesmo montante”.

O modelo operacional que irá enquadrar o regime aplicável à instalação de jovens aquicultores e jovens pescadores deve estar pronto “em meados de setembro”, disse o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu.
Trata-se de um regime que contempla uma majoração de incentivo pode ir até aos 50% do total do investimento, para além de um prémio à instalação até 30 mil euros para jovens até 40 anos.
Pinto de Abreu recordou que “o modelo de funcionamento foi entregue em Bruxelas e aguarda resposta relativamente ao que foi proposto”, sendo certo que “o programa estará em desenvolvimento em toda a UE”.
Estas declarações foram proferidas à margem de um encontro que teve como tema central as potencialidades e oportunidades da aquacultura em Portugal. Promovido pelo INESC-TEC e CIIMAR/ICBAS, da Universidade do Porto, foi referido que o país poderá quadruplicar a sua produção anual até 2020, chegando às 40 mil toneladas.

Investimentos financeiros no Luxemburgo têm rentabilidade e enquadramento atrativos

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Conferência da TLCB Advogados analisa regras de funcionamento
Contrato de seguro de vida luxemburguês foi apresentado por Olivier Hance, managing partner da Hance Law. Segundo referiu, as normas legais existentes asseguram uma forte proteção a quem utilize o contrato de seguro de vida como alternativa de investimento.
Na maioria dos países europeus, os seguros de vida não são transferidos aos herdeiros do segurado. A quantia paga ao beneficiário pela seguradora em caso de morte do segurado não está incluída no conjunto dos seus ativos. O contrato e os ativos não podem ser confiscados por credores de um segurado. Os herdeiros legais podem declinar a “propriedade” do ativo e ao mesmo tempo aceitar o benefício.
A claúsula do beneficiário, incluida no contrato de seguro de vida luxemburguês, permite ao segurado determinar os beneficiários do contrato de seguro em caso da sua morte. O segurado pode dar preferência a um herdeiro ou terceiros. Múltiplos ou sucessivos beneficiários podem ser designados pelo segurador assim como organizações sem fins de lucro ou nascituro. Observe-se que o segurador pode emendar esta claúsula em qualquer momento.

Capital aplicado continua disponível

Olivier Hance destacou várias vantagens. O contrato de seguro de vida luxemburguês é considerado um “unit-linked product” ou seja um produto associado a unidades de participação com livres investimentos. Após o investimento inicial, os investidores podem aumentar as suas economias realizando reforços (depósitos adicionais).
As somas de dinheiro depositadas e os ativos são geralmente disponiveis para os investidores em qualquer momento devido à opção de resgatar parcialmente ou completamente os investimentos feitos, durante toda a vigência do contrato.
O contrato de seguro de vida luxemburguês poder ser utilizado como segurança/garantia quando se solicita um empréstimo.
Muitas vezes tais contratos podem ser assinados por vários seguradores e com vários segurados.
Pedidos conjuntos podem, portanto, ser feitos pelo cônjuge a fim de assegurar o pagamento de uma soma ao sobrevivo em caso da morte de um deles.

Securitização permite investir com vantagens fiscais

A securitização é uma alternativa interessante para os investidores. Trata-se de um processo de financiamento pelo qual um criador transfere um ou mais ativos ou riscos para o veículo de securitização. O veículo de securitização é financiado pela emissão de títulos apoiados pelos ativos (colateral) transferidos e o lucro gerado por aqueles ativos.
No Luxemburgo, a securitizaçao é um instrumento que permite ao cedente (fundo, empresa ou entidade de finalidade especial - SPV) adquirir ou assumir riscos relacionados com valores a receber (créditos), de qualquer tipo de ativos ou compromisso assumido por terceiros ou ligado às atividades executadas por terceiros.

Lucro tributável pode ser reduzido a zero

Conforme explicou Olivier Hance, uma empresa de securitização está sujeita, no Luxemburgo, à taxa normal do imposto sobre as sociedades (taxa global de 28,59% na cidade de Luxemburgo). No entanto, na prática, o lucro tributável provavelmente será zero devido ao fato de a maior parte das empresas de securitização pagarem os rendimentos aos investidores de forma imediata. A lei estabelece que qualquer compromisso (juros ou dividendos) para com os investidores é considerado uma despesa dedutível.
No Luxemburgo os dividendos pagos por uma empresa de securitização são qualificados como juros para fins fiscais. No entanto, o pagamento de dividendos não é sujeito às taxas de retenção, de acordo com a “Diretiva da Poupança” (EU). Devido ao fato de a empresa ser completamente sujeita a impostos beneficia da rede de acordos de dupla tributação assinados pelo Luxemburgo.
Uma empresa de securitização não está sujeita a nenhuma taxa de endividamento sob capitais próprios. As contribuições de capital apenas estão sujeitas à um imposto único de EUR 1.250. Der acordo com a lei luxemburguesa, as empresas de securitização estão isentas da taxa anual de imposto sobre o património (0,5%).

 

Parlamento Europeu aprova avanço das negociações do TTIP com os EUA

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O Parlamento Europeu aprovou esta semana recomendações à Comissão para as atuais negociações com os EUA sobre a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla inglesa). Este acordo comercial deve aumentar o acesso europeu ao mercado norte-americano, mas sem comprometer os padrões da UE nem o direito de regular em prol do interesse público, dizem os eurodeputados.

O Parlamento Europeu propõe um novo sistema de resolução de litígios entre os investidores e os Estados, mediante o qual os eventuais processos sejam tratados de forma transparente por juízes profissionais, independentes e nomeados pelo poder público.
O texto aprovado em plenário propõe a substituição do sistema de resolução de litígios entre os investidores e os Estados por um novo sistema “sujeito aos princípios e ao controlo democráticos, mediante o qual os eventuais processos sejam tratados de forma transparente por juízes profissionais, independentes e nomeados pelo poder público em audições públicas”.  O novo sistema deverá incluir “um mecanismo de recurso capaz de garantir a coerência das decisões judiciais e o respeito da competência dos tribunais da UE e dos Estados-Membros e que não permita que os interesses privados comprometam os objetivos das políticas públicas”, diz o Parlamento Europeu.

Acordo será equilibrado
 
O PIB da UE está fortemente dependente do comércio e das exportações. Segundo o Parlamento, a celebração de um acordo “ambicioso e equilibrado” com os EUA deverá promover a reindustrialização da Europa e ajudar a atingir o objetivo de aumentar de 15% para 20% o PIB gerado pela indústria europeia até 2020, ao reforçar o comércio transatlântico de bens e serviços.
“Este acordo pode criar oportunidades, especialmente para as PME”, diz o relatório.
A décima ronda negocial entre a UE e os EUA sobre o TTIP realiza-se de 13 a 17 de julho, em Bruxelas.

OMIP e Endesa lançam o primeiro leilão ibérico para compra de energia solar

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O OMIP, entidade gestora da Bolsa de Derivados de Energia na Península Ibérica, OMIClear, a Câmara de Compensação para a Península Ibérica e a Endesa apresentaram recentemente em Madrid, o primeiro leilão para a compra de energia solar no mercado ibérico, que se realizará na última semana de setembro.

O leilão, organizado pelo OMIP, dirige-se a produtores solares de forma a permitir-lhes vender a sua energia a prazo (diretamente ou através dos seus representantes). Até agora, o mercado grossista a prazo não oferecia ferramentas financeiras de gestão de risco que se adaptassem ao perfil específico de energia solar.
A Endesa, empresa do grupo Enel, líder do setor elétrico espanhol e o segundo operador no mercado elétrico português, será o comprador final e único da energia, através de contratos a prazo baseados num índice representativo da produção solar em Espanha, até um máximo de 500 GWh.
Os contratos serão definidos pelo OMIP e pela OMIClear e incluídos no portefólio do Mercado de Derivados do MIBEL, assumindo a OMIClear o papel de contraparte central responsável por toda a gestão de risco e liquidações.
O diretor-executivo do OMIP, Jorge Simão, sublinhou que esta iniciativa “representa o primeiro passo para o lançamento de produtos concebidos especificamente para a produção de energias renováveis”.
O leilão apresentado oferece, de acordo com o diretor deFront Office da Endesa, Javier Alonso Perez, um “preço de mercado estável ao produtor, num ambiente transparente, responsável e competitivo com o qual se reduz a volatilidade dos proveitos”.

Saída da Grécia do euro será “traumática” para a UE mas não contagiará Portugal

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Economista Tyler Cowen antevê “consequências graves” nas importações e o “colapso do sistema bancário” grego
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, mostrou esta semana no Parlamento Europeu, na presença do novo ministro das Finanças grego Euclid Tsakalotos, a vontade de chegar a um acordo com a Grécia, garantindo que está a trabalhar para que o país permaneça na zona euro. Mas vários são os economistas por todo o mundo que não acreditam nesse desfecho.
Em entrevista à “Vida Económica” depois de vir a Portugal para a conferência “Admirável Mundo Novo - o futuro chegou cedo de mais?”, promovida no Porto pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, Tyler Cowen, americano, professor na George Mason University e considerado um dos 100 economistas mais influentes do mundo, não tem dúvidas: “Será uma situação traumática para a UE, mas acredito que haverá um ‘Grexit’ ao longo do ano que vem”.
Vida Económica - Como sabe, mais de 61% dos cidadãos gregos votaram “Não” no referendo do último domingo e o ministro das Finanças, Yannis Varoufakis, renunciou após esse resultado. O que pensa sobre o futuro da zona euro? A UE ficará em melhor ou pior situação económica e política se a Grécia sair do euro?
Tyler Cowen -
Todos os resultados são maus para a Grécia, neste momento. E é difícil ver o caminho a seguir. Mas eu creio que é de esperar um ‘Grexit’ [saída da Grécia da zona euro] ao longo do ano que vem [2016]. Haverá grandes dificuldades a partir do colapso das importações e com o colapso do sistema bancário.

VE - E Portugal? Acredita que sejamos contagiados pelo caso grego?
TC -
Até agora, os efeitos de contágio sobre Portugal parecem ser ligeiros. Em certa medida, as charadas do governo grego acabaram por fazer um grande favor a Portugal. Os investidores acreditam que nenhum outro país da zona do euro poderia agir de forma tão louca. E provavelmente eles têm razão, porque é difícil imaginar que a política em Portugal tomasse o mesmo rumo que na Grécia. Dito isso, creio que todos estes acontecimentos irão revelar-se um trauma para a União Europeia no decorrer dos próximos anos.

VE - Na conferência em que participou aqui, no Porto, alertou para as mudanças no mercado de trabalho e disse que este irá beneficiar os utilizadores dos computadores e todos os que dominam as tecnologias de informação. O futuro será essencialmente tecnológico?
TC -
Mais e mais setores de atividade vão tornar-se utilizadores da tecnologia, dada a disseminação de software cada vez mais poderoso. Por exemplo, o marketing agora é feito cada vez mais através da internet. Os empregos na área da saúde têm cada vez mais a ver com tecnologia. Dito isto, nem todos os postos de trabalho exigirão habilitações altamente técnicas. Mas, por outro lado, gerir pessoas sem essas qualificações tecnológicas continua a ser uma tarefa difícil e subvalorizada. E esses postos de trabalho não tenderão a desaparecer tão cedo. O que eu normalmente digo é que é preciso ter muito boas qualificações tecnológicas e também pessoas com muito boa apetência para as tecnologias. O melhor será ter as duas coisas.

VE - Também afirmou que haverá mais pessoas desempregadas no futuro. Mas o facto é que os jovens são cada vez mais qualificados, nomeadamente na Europa. Por que é que diz que haverá mais desempregados?
TC -
O nível de desemprego futuro depende das decisões políticas e individuais que todos nós vamos tomar. Eu diria que é plausível um futuro onde a taxa de desemprego permaneça permanentemente elevada. A tecnologia está a avançar mais rápido do que as competências e as habilitações dos recursos humanos. E a reconversão tecnológica das pessoas pode manter-se. Ao mesmo tempo, os benefícios dos sistemas de segurança social para os desempregados podem incentivar algumas pessoas a deixar o mercado de trabalho. A regulamentação do mercado de trabalho sufoca a criação dos novos postos de trabalho. Tudo isto somado, é uma mistura tóxica.

VE - O que pensa sobre o futuro da legislação laboral? Aqui em Portugal é muitas vezes discutida e tem sido alterada. A tendência é que seja cada vez mais flexível para responder às necessidades empresas?
TC -
Eu acredito que a Espanha prestou um grande serviço ao desregulamentar o seu mercado de trabalho. A Alemanha também o fez, sob o governo de Gerhard Schroeder. Em Portugal existem sérios constrangimentos legislativos para as grandes empresas, com a aplicação de normativos regulamentares adicionais que as prejudicam. Isso faz com que demasiadas empresas se mantenham muito pequenas, com prejuízo para a economia e para a criação de emprego.

VE - A taxa de desemprego na zona do euro é de cerca de 11%. Em Portugal é de cerca de 13%, mas é superior a 30% entre os jovens. Que conselho dá aos jovens estudantes portugueses que se preparam para entrar no mercado de trabalho?
TC -
Em primeiro lugar, seria uma boa ideia se o Banco Central Europeu pudesse seguir uma política monetária um pouco mais frouxa, para ajudar os países da periferia, incluindo Portugal. Dito isto, fica o conselho: por favor certifiquem-se de que estão a estudar algo com uma componente prática e a aprender um ofício concreto. Não é suficiente saber como a tecnologia da informação funciona hoje. As pessoas devem ter uma mentalidade que lhes permita estarem dispostas a formarem-se e reciclarem-se permanentemente, dado que a tecnologia continua a mudar muito rapidamente.

VE - Ter um diploma, uma licenciatura é realmente necessário? E, se sim, isso é suficiente? Ou os jovens precisam é de formação cada vez mais especializada?
TC -
Um diploma é necessário para a maioria das pessoas que não são o Bill Gates [fundador da Microsoft]. Mas não, isso não é o suficiente. Ao longo do tempo, a informação vinda da América mostra-nos cada vez mais que o mercado de trabalho recompensa a sua melhor escolha e não a escolha da sua escola ou o facto de você a ter terminado. O que você hoje realmente precisa é de saber algo útil. E, novamente, se você não consegue formar-se numa área tecnológica, considere a hipótese de aprimorar as suas capacidades pessoais e torne-se um gerente. Ter bom talento humano para interagir com outros seres humanos continua a ser um atributo valioso no futuro próximo. E os computadores não serão capazes de o saber copiar tão cedo.

VE – Na conferência em que participou no Porto também falou sobre a meritocracia. As empresas estão realmente conscientes de que é necessário premiar o mérito?
TC -
A maioria das empresas com as quais falo está desesperadamente à procura de contratar trabalhadores de qualidade e com boas habilitações. Mas eles não sabem como encontrar mais trabalhadores com essas caraterísticas. E quando eles contratam bons trabalhadores é mais fácil do que nunca perceber isso. As tecnologias de informação fazem com que seja mais fácil de medir a produção do trabalhador. E claro que isso se torna mais difícil para os maus trabalhadores também.
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